Voltar à Página da edicao n. 373 de 2007-03-27
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: António Fidalgo Directores-adjuntos: Anabela Gradim e João Canavilhas
 

"As minhas músicas falam de verdade"

> Isabel Pereira
> Maria Jose Azevedo

U@O – Qual a razão do sucesso das suas composições?
A.S. –
Acho que as minhas músicas falam de verdade. Costumo dizer que sou uma pessoa igual a todas as outras, só tenho uma diferença, que é a capacidade de descodificar e conseguir transpor para a música aquilo que toda a gente sente da mesma maneira. Talvez seja por isso que as pessoas se identifiquem tanto com as minhas músicas, porque há pessoas que ouvem a minha música e pensam “era mesmo isto que eu queria dizer...era mesmo assim que eu gostava de compor uma música para dizer algo a determinada pessoa”.

U@O – Em que é que se baseiam as letras das suas músicas?
A.S. –
Baseiam-se em situações que eu vivo, que vivi, que eu observo ou que são o resultado de uma conversa, de uma confidência que eu tenho da parte de um amigo, que depois me faz compor.

U@O – Sempre quis fazer parte do mundo da música?
A.S. –
Nem sempre. Tive uma pequena experiência ao piano aos 6 anos, mas não foi particularmente interessante, porque o professor era muito exigente e, por isso, não guardo dela muita saudade! (Risos)
Quando era pequeno eu gostava de cantar, mas pensar "eu quero ser famoso, quero ser artista, músico" nunca pensei. Só senti o verdadeiro apelo da música na altura em que comecei a compor, porque isso ajudava-me a resolver enquanto pessoa e enquanto ser humano, e foi aí que eu percebi que tinha de compor para ser uma pessoa melhor.

U@O - De todas as suas melodias, qual é a que lhe é mais próxima?
A.S. -
Actualmente, posso dizer que são várias, porque este álbum já foi comprado por praticamente 100 mil pessoas, fora as cópias pirata que se fazem por aí. O que significa que quem vem a um concerto meu já não conhece só uma música, o que faz com que haja vários momentos de proximidade e participação do público. É claro que "Foi Feitiço" é um tema que desperta várias reacções...mas, as pessoas também já começam a pedir mais vezes o "Quando te falei em amor" e o "Azul do céu".

U@O - Fez parte de alguma banda de garagem?
A.S. -
Fiz parte de uma banda de bares, não era bem uma banda de garagem. Nessa banda também compunha temas, apesar de tocarmos sobretudo músicas de outros grupos.

U@O - Gostaria de transmitir alguma mensagem aos mais novos?
A.S. -
Há um grande objectivo que eu tenho com este cd, que é alertar algumas pessoas para a história deste álbum, que foi muito vetado, mas que agora está aí, porque eu fui teimoso e porque acreditei nele. As pessoas têm, em primeiro lugar, de acreditar cegamente naquilo que fazem, não deixando de ouvir os outros, mas sobretudo acreditando em si. Depois, acho que não se deve acreditar nos estereótipos do mundo da música, porque há regras que são alteradas, tal como eu alterei algumas...a minha persistência fez com que 10 anos depois o meu trabalho fosse reconhecido.

Perfil

É um desafio cada vez maior subir ao palco



"As pessoas têm de acreditar naquilo que fazem"


Data de publicação: 2007-03-27 10:28:23
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