Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 367 de 2007-02-13 |
A casa dos empreendedores
O Centro de Formação e Interacção UBI Tecido Empresarial (CFIUTE) é a mais recente aposta da UBI na ligação às empresas. Cursos de formação, pós-graduações e eventos promovidos a pensar na economia da região são algumas das acções pensadas para esta estrutura.
> Eduardo AlvesMário Raposo é o principal responsável pelo Gabinete de Apoio a Projectos de Investigação (GAAPI). Uma estrutura associada à Universidade da Beira Interior e que tem, nos últimos tempos, promovido diversas acções pensadas para o tecido empresarial da região.
E foi a pensar na economia regional e também no crescimento do empreendedorismo na região Centro que a UBI lançou agora o CFIUTE. Este edifício, situado no cimo da Calçada do Lameiro, junto ao parque de estacionamento do Edifício das Engenharias, pretende colocar “no topo” do movimento empreendedor, a acções promovidas pela UBI. Com um custo total de 373 mil euros, comparticipados por fundos europeus e da própria instituição, o CFIUTE “está pensado para servir os parceiros da UBI”. Mário Raposo lembra que “desde sempre a UBI tem estado ao lado das empresas e continua a ter uma grande abertura para os projectos destas”. O vice-reitor da instituição começa por explicar que este centro surgiu “através da recuperação de um velho edifico que era propriedade da UBI”. Para além disso “agora conseguimos ter uma estrutura que pode funcionar de forma independente dos restantes edifícios da UBI”.
O Centro de Formação e Interacção surge assim “especificamente vocacionado para as formações mais viradas para o tecido empresarial e que funcionam em horário pós-laboral”. Um edifício mais pequeno, e logo “mais fácil de dirigir” encontra-se agora “completamente equipado”. Desde salas de informática, a espaços destinados a conferências, o CFIUTE está pensado de raiz “para este propósito”. Por agora está já a ser utilizado pelos formandos dos cursos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) lançado em parceria pelo GAAPI e pelo Centro de Inovação Empresarial da Beira Interior (CIEBI). Cursos “pensados para a população activa e abertos a todos os interessados”. Para além destas actividades, decorrem “duas pós-graduações”. Estes cursos de especialização “em Marketing de Eventos e Produtos Turísticos e em Termalismo estão destinados a públicos mais específicos”. O vice-reitor da UBI garante que com este novo centro “este tipo de acções vai continuar e ganhar uma nova dinâmica”, tal como “a ligação da UBI aos seus parceiros”.
Mário Raposo, que se tem destacado nos últimos tempos para promoção do empreendedorismo, através de conferências e projectos sobre esta temática, garante que agora “há um espaço especificamente vocacionado para promover e fomentar o aparecimento de empreendedores”. Autor de diversos estudos sobre este tema, Raposo adianta que “Portugal não é por natureza um País de empreendedores”. De acordo com os estudos realizados na Europa sobre este tema “Portugal tem uma taxa empreendedora que é metade da média”. Daí que no entender do responsável da UBI se torne necessário “fomentar o empreendedorismo, quer através deste tipo de acções, como pós-graduações e formações específicas, quer também junto da população mais jovem”. Nesse sentido, o vice-reitor recorda que a UBI tem já em andamento um projecto-piloto nesta área. Trata-se de uma parceria com uma escola secundária da Covilhã “onde se está a introduzir o empreendedorismo e o espírito de criação de empresas e negócios, desde o ensino básico e secundário”.
Esta temática “é vital para o País e, sobretudo, para a região”, lembra o vice-reitor. Isto porque, “há uma forte correlação entre os empreendedores e o crescimento económico do País”. “Quanto mais o empreendedorismo existir entre a população, mais o País cresce”, garante Mário Raposo.
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