Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 367 de 2007-02-13 |
A aposta no turismo temático
José Manuel Hernández Mogollón veio à UBI falar de turismo rural. Este docente da Universidade da Extremadura, em Espanha, é autor de diversos estudos sobre o tema e explica que o turismo rural “está para ficar”.
> Eduardo Alves“O turismo rural está comprometido com o meio”, quem o garante é José Hernández Mogollón, docente na Universidade da Extremadura e autor de diversos estudos sobre esta actividade. “Criação de valor na comercialização do Turismo Rural. O Caso da Extremadura” foi o título da conferência proferida por este professor que deu início à pós-graduação em Marketing de Eventos e Produtos Turísticos, que a UBI está a realizar no Centro de Formação e Interacção UBI – Tecido Empresarial (CFIUTE).
No entender deste investigador, o maior desafio que por agora se coloca ao turismo rural “é a qualificação das pessoas”. Grande parte das estruturas existentes no mercado “são dirigidas por pessoas que não têm uma formação académica na área”. A experiência e alguma vontade de apostar neste tipo de negócios “leva as pessoas a abrirem as portas ao turismo rural”.
Contudo, Mogollón sublinha que “este tipo de pós-graduações, que é UBI está a lançar deve ser uma forma das pessoas ligadas ao sector aprenderam mais sobre este tipo de actividade”. No caso da Extremadura, o docente universitário diz que “as unidades geridas por pessoas que têm conhecimentos na área do Marketing, da Gestão ou do Turismo, acabam por se tornar muito mais rentáveis”.
Para o professor espanhol “o turismo rural veio para ficar” e é cada vez mais “um bom negócio, que se assume como uma alternativa”. No entender de Mogollón, “têm de ser as regiões e as comunidades locais, no seu todo a servir de motor a este tipo de actividades”. Para exemplificar, Mogollón salienta que as pessoas escolhem a Serra da Estrela “e só depois vão escolher um hotel, uma pousada, um restaurante”. Daí que a promoção “tenha de ser feita em conjunto”. Outro dos pontos que o espanhol destacou nesta sua conferência de arranque da pós-graduação, prende-se com o facto “do turista que opta pelo rural ser muito mais exigente”. Quem opta pelo rural “quer saber onde está, conhecer a região, as pessoas, a cultura, experimentar e integrar-se no meio”. Daí que para além de “uma simples estadia”, as empresas que se dedicam a este tipo de turistas “devem oferecer algo mais”.
A falar para uma plateia composta pelos alunos da pós-graduação em Marketing de Eventos e Produtos Turísticos da UBI, José Manuel Mogollón deixou um forte apoio à criação de novas unidades hoteleiras. O espanhol adianta que as obras da nova auto-estrada que vai ligar a capital espanhola às Termas de Monfortinho, “estão já a decorrer”. Quando estiverem concluídas, “essa será uma das principais portas de entrada de seis milhões de turistas”. Caso os membros do governo português decidam ligar a A23 a Monfortinho, “Madrid ficará a pouco mais de duas horas da Covilhã”.
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