Voltar à Página da edicao n. 367 de 2007-02-13
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O anfiteatro 8.1 encheu-se com estudantes, mas também com muitos interessados vindos de vários pontos do país

Seminário sobre águas e resíduos

A UBI promoveu ontem, dia 12, o seminário “Perspectivas de evolução do mercado de águas e resíduos”. Os desafios, problemas e a legislação aplicada a este sector foram pontos focados

> Cátia Felício

“É frequente percebermos que o [cidadão] português está menos preocupado com aquilo que paga nas comunicações móveis do que aquilo que paga com a água, sendo que a água é um serviço essencial e o telemóvel não”. Esta é, pelo menos, a opinião de Jaime Baptista, presidente do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), que participou ontem no seminário “Perspectivas de evolução do mercado de águas e resíduos”.
Com uma qualidade da água superior em Portugal, em comparação com há 30 anos atrás, Portugal agora enfrenta desafios e uma legislação cada vez mais exigente. Para aqueles que consideram que se paga demasiado pela água de consumo, Jaime Baptista sugere um exercício. A iniciativa decorreu na Universidade da Beira Interior (UBI) e esteve a cargo do departamento de Engenharia Civil da instituição, em parceria com a Ordem dos Engenheiros. No evento foram ainda ouvidos os pontos de vista de representantes do INAG, da APESB, da APDA, da Águas do Zêzere e Côa, da Águas do Centro e da empresa Águas da Covilhã.
“Estamos a falar de serviços públicos essenciais: do abastecimento público de água, o saneamento de águas residuais e resíduos sólidos urbanos”. Jaime Baptista destaca ainda que são serviços que tomaram uma outra dimensão nas últimas três décadas e que há consciência, por parte da população, de que “nenhuma sociedade moderna pode viver sem serviços realmente de elevada qualidade”.
Referindo que a legislação europeia é das mais exigentes do mundo, diz que “nós, há dez anos atrás, fazíamos 50 por cento das análises que a lei exigia. Hoje fazemos quase 100 por cento. Temos 96 por cento e atingiremos os 100 por cento em dois anos”.
Jaime Baptista traça o cenário actual do sector da água em Portugal e salienta que o país vive um período de grande evolução. Alerta ainda que o cidadão deve ser muito exigente com o serviço que lhe é prestado.
De acordo com António Alburquerque, do departamento de Engenharia Civil da UBI, “É extremamente importante para nós, Universidade da Beira Interior, [fazer este seminário sobre a evolução do mercado de águas e resíduos] uma vez que são áreas que estão a sofrer grandes alterações ao nível da legislação”. Recorda ainda que não é a primeira vez que é organizado um evento na UBI sobre este tema.
Para 2008, está previsto o XIII Encontro Nacional de Saneamento Básico, “que será o encontro de maior dimensão que vamos organizar”, destaca António Albuquerque. Também João Lanzinha, membro da organização, salienta que o seminário lança uma questão importante: a água (um bem escasso e essencial], aliada à engenharia e à qualidade de vida.


O anfiteatro 8.1 encheu-se com estudantes, mas também com muitos interessados vindos de vários pontos do país
O anfiteatro 8.1 encheu-se com estudantes, mas também com muitos interessados vindos de vários pontos do país


Data de publicação: 2007-02-13 00:00:01
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