Comércio: desafios e oportunidades

Um especialista da área comercial esteve na Covilhã para falar de estratégias a adoptar para a criação de uma "marca Covilhã". Neste workshop estiveram presentes empresários empenhados em encontrar soluções para melhorar a sua situação económica.

Encontrar soluções e incentivar os empresários do comércio tradicional da região da Covilhã" foi o objectivo da apresentação, feita por João Catalão, especialista na área do marketing e comunicação. O workshop organizado pela (AECBP), Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, intitulado "Comércio: desafios e oportunidades", decorreu na passada terça-feira, 12, no Hotel Tryp D.Maria.
"Falta uma marca na Covilhã. Esta região carece de elites de gente com visão integrada" defende João Catalão. O especialista admite que surgiram boas iniciativas no sector industrial privado, principalmente na área do produto alimentar artesanal, tais como, o queijo e os enchidos, mas sem uma "marca Covilhã" e muito à custa da Serra da Estrela.
Criar condições para que o comércio seja um acto lúdico e fazer um comércio de rua de qualidade, são os apelos que João Catalão faz aos empresários. De acordo com o perito, o problema da crise do comércio tradicional não é o Serra Shopping, nem o Covilhã Shopping. O problema é o facto das pessoas não terem alternativas e optarem por centros comercias onde encontram tudo à mão e têm boa acessibilidade. João Catalão refere, que "vender é uma arte que têm muitas ciências ao seu serviço", apela à criatividade dos comerciantes para que inovem e apresenta algumas estratégias-chave para o êxito.
Para Fernando Pedro, lojista da Óptica S Vivente, no centro da cidade, "as obras na construção do silo, causaram problemas", porque demoraram muito tempo, o que afastou muita gente da cidade. Isto para além de praticar preços exorbitantes, refere. Acrescenta ainda que deviam ser implementadas duas horas de estacionamento gratuito, não apenas na época natalícia, mas durante todo o ano. O comerciante adianta que estão a tomar algumas medidas para melhorar o comércio tradicional: "Já comprámos uma página de publicidade no jornal Já Agora e também já enviámos cerca de 10 mil vales de desconto para ver se conseguimos arrastar pessoas para o centro da cidade", destaca Fernando Pedro
Desenvolver o progresso socio-económico e contribuir para o desenvolvimento cultural e profissional dos associados da AECBP, foi a razão que levou esta organização a promover o evento. Segundo o vice-presidente da associação, Miguel Bernardo, a iniciativa nasceu da constatação de que existem vários problemas que estão a afectar o comércio tradicional. Acrescenta ainda que estas sessões pretendem passar a ideia de que o o sucesso do comércio tradicional depende da união entre todos e só assim será possível ultrapassar adversidades.