Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 358 de 2006-12-12 |
“Não há condições para os investigadores em Portugal”
Sara Madeira diz que é difícil ser-se investigador porque há falta de apoios a nível nacional. A docente da UBI encara o estrangeiro como uma possibilidade
> Cátia Felício“Não há uma carreira de investigador em Portugal. O que há são bolseiros de investigação que vivem dependentes da renovação da bolsa”. Sara Madeira traça assim o cenário da investigação a nível nacional. Confessa que gostava de ter mais tempo para se dedicar a esta área. Natural da Covilhã, diz que o que há em Portugal são docentes que também fazem investigação e que dificilmente há alguém que viva neste país apenas da carreira de investigador.
A docente da UBI diz ainda que devia haver mais apoios e que se não fossem os projectos do INESC não conseguia pagar os encontros e conferências em que participa para apresentar o trabalho que faz. “Devia ser dado mais valor à investigação”.
“A UBI tem procurado investir no ensino. Outras instituições, mais antigas, que têm o sistema de ensino mais estabilizado e estão mais preocupadas em dar apoios em relação à investigação”, adianta.
Referindo que é muito importante estar inserida num grupo de investigação, esclarece que “ninguém faz investigação sozinho”. Considera ainda que este trabalho que desenvolve é uma forma de competir com investigadores estrangeiros que têm muito melhores condições que Portugal.”A falta de apoios faz com que os bons investigadores que temos [no país] vão para o estrangeiro”. Para a docente da UBI, o estrangeiro é uma "porta aberta para o futuro", não só porque há mais apoios, mas também porque é dado mais valor à investigação.
[Voltar]
Multimédia