Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 357 de 2006-12-05 |
"Planear para Intervir"
A necessidade de planear em conjunto uma proposta de desenvolvimento para o concelho foi o mote para que diversas associações se unissem à Câmara Municipal na criação da Rede Social da Covilhã.
> Liliana Sofia R. SilvaA sala polivalente da Biblioteca Municipal da Covilhã foi palco de uma reunião do Conselho Local de Acção Social da Rede Social onde a questão crucial se centrou na qualidade de vida das populações mais carenciadas.
Alcides Monteiro, professor do departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior, sublinhou a necessidade das instituições se organizarem em parcerias e formarem uma rede social activa, com vista à ajuda das populações em diversos campos. No entanto, há ainda alguns mitos para ultrapassar. Alcides Monteiro lamenta que uma parceria continue a ser vista como um fim e não como um meio. “ Por vezes as parcerias podem não ser indicadas para a resolução de um determinado problema. É necessária lucidez para avaliar as situações específicas”, refere o orador.
Situações como a deslocalização dos serviços fundamentais da Praça do Município para novas zonas da cidade ou a procura, por parte dos jovens, de outros pontos de convívio, foram exemplos de problemas em que a Rede tem que intervir, contudo de uma forma indirecta: “ o fundamental é conhecer o que se passa. Compreendermos que o Pelourinho como centro da cidade está a sofrer mudanças. A Rede tem que as conhecer e tentar evitar prejuízos” defende Alcides Monteiro.
Carlos Salguinho, técnico da autarquia covilhanense, explicou em que ponto está o plano da Rede Social da Covilhã, no diagnóstico da situação real do concelho. “Este processo deverá estar concluído dentro de três semanas, sendo posteriormente votado pelo Conselho Local de Acção Social”. Um dos dados já apurados permite concluir que, tal como em muitos outros concelhos do país, a população está a envelhecer.
A sessão, que decorreu no passado dia 2 de Dezembro, encerrou com um debate onde se procuraram as razões que levaram o alguns parceiros sociais a abandonarem o Conselho Local de Acção Social.
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