Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 356 de 2006-11-28 |
AAUBI quer criar provedor na UBI
Todos os anos surgem queixas sobre o funcionamento de alguns centros e serviços da universidade. Para apoiar os queixosos, a AAUBI vai criar a figura de provedor já a partir de Janeiro de 2007
> Cátia FelícioA iniciativa é inédita no cenário do ensino superior português. Quem o diz é Fernando Jesus, que quer acelerar o processo de criação de um provedor na Universidade da Beira Interior (UBI). De acordo com o presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), o objectivo é que “para qualquer questão que o aluno tenha, qualquer problema, haja uma resposta no prazo de 48 a 72 horas”. Pretende-se “simplificar os processos”, através do contacto directo com o director do serviço em questão. E exemplifica com o caso dos Serviços Académicos. Se o aluno tiver problemas com este serviço, basta falar com o provedor, que por sua vez entrará em contacto com Carlos Melo, director dos Serviços Académicos.
Para a posição de provedor, a associação pensou inicialmente em alguém exterior à universidade. No entanto, acabou por decidir que o melhor seria um professor catedrático da UBI, que conheça bem o funcionamento interno, com experiência noutros níveis de ensino e não só. Os alunos, docentes e funcionários que recorram ao provedor dirigir-se-ão, assim, ao gabinete do professor que aceitar o cargo de provedor, a funcionar em princípio já em Janeiro próximo.
Fernando Jesus diz que a iniciativa tem como principal preocupação os alunos, que assim “ficariam com outra ferramenta de trabalho a nível de tentar obter respostas. È mais uma”. E acrescenta que poderia servir de base para que outras universidades seguissem o exemplo, uma vez que actualmente, explica o presidente da associação, não há nenhum provedor no cenário do ensino superior.
Referindo que com a criação do provedor haverá uma ligação directa aos órgãos da instituição, diz que “se tiveres um problema, não tens que recorrer aos órgãos da universidade, aos órgãos institucionais, digamos assim. Por exemplo, no caso de problemas entre professores o docente não tem que ir directamente para Conselho Disciplinar de Senado. É uma maneira de simplificar um pouco os processos”. Adianta que espera terminar o processo de candidatura antes do final do ano. "A própria criação terá que ser forçosamente no próximo ano (2007)”, conclui.
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