Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 355 de 2006-11-21 |
“Frame a Frame” leva cinema às escolas
Desenvolvido a partir de uma iniciativa da Cooperativa Cinema Jovem em simultâneo com o IMAGO, surge o projecto “Frame a Frame” cujo principal objectivo é a divulgação, junto das escolas, de novos meios de comunicação, nomeadamente o cinema.
> Andreia MendesA Cooperativa Cinema Jovem, juntamente com o apoio do programa “Ver” do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimedia (ICAM) e da Câmara Municipal do Fundão, levou a cabo nos últimos três anos o projecto “Frame a Frame”. Este conta com a ajuda de alguns formadores que, numa primeira fase, pretendem levar o cinema às escolas consciencializando as crianças daquilo que é a arte de filmar. Através de ateliers e workshops as crianças constroem desenhos e cenários para serem depois filmados com a ajuda de uma “lunchbox” (aparelho de fácil utilização que permite filmar frame a frame).
Olhado com desconfiança de inicio pelos professores e alunos o projecto cedo foi credibilizado após o visionamento do primeiro resultado. “A Ovelha Azul”, “Mais perto das nuvens, mais perto dos sonhos” e “A Colmeia” são as curtas-metragens feitas até agora todas com estreia no IMAGO.
A primeira em 2004, realizada por alunos de uma escola primária, foi seleccionada para vários festivais tendo ganho o prémio criatividade no Festival Videotivoli na Finlândia e o prémio jovem realizador com menos de 18 anos no CINANIMA.
A segunda, realizada em 2005, desenvolvida com os alunos do agrupamento de escolas “Terras do Xisto” também conquistou dois prémios: o mesmo no CINANIMA desse ano e outro prémio na República Checa.
A curta deste ano, “A Colmeia”, abandonou um pouco a animação e subiu a faixa etária dos participantes. Levada a cabo pela escola E.B 2/3 de Silvares, o documentário debruça-se sobre as profissões em extinção nessa zona.
Apesar de interessante a iniciativa é, segundo Sérgio Felizardo, difícil de alargar a outros pontos do País devido à escassez de pessoal (que se vê também a braços com a realização anual do festival IMAGO) e à pouca capacidade de produção. O mesmo referiu que já há ideias para a curta do próximo ano da qual apenas se pode adiantar que irá contar com a contribuição de alunos da escola secundária do Fundão.
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