Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 355 de 2006-11-21 |
Covilhã apresenta carta educativa
Os aspectos relativos à Educação no concelho da Covilhã estão agora reunidos num documento elaborado pela Câmara Municipal. A carta educativa foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo.
> Eduardo AlvesEstá apresentada a Carta Educativa da Covilhã. Um documento “fundamental” para o concelho, segundo Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, mas que no entender da oposição “peca por falta de conteúdos”.
Alunos, escolas, projectos, actividades e outros pontos relativos à Educação no concelho da Covilhã estão agora presentes na carta educativa apresentada na última sessão de câmara. Um documento obrigatório para todos os municípios que vai “servir de referência para o planeamento urbanístico e para a actualização dos equipamentos educativos”, explica Carlos Pinto. O social-democrata que lidera o executivo camarário adianta que o concelho “não necessita de nenhum novo equipamento nesta área”.
Esta carta que “já tem um parecer muito positivo do Conselho Municipal de Educação” vai servir também para ter um conhecimento mais preciso da evolução demográfica do concelho. Ainda assim, “é muito difícil calcular as necessidades desta área a médio e longo prazo”. Segundo Pinto, Orjais é uma freguesia que serve de exemplo a isso mesmo. Contrariamente à diminuição de crianças registada noutras freguesias do concelho, “esta apresenta um crescimento muito assinalável”.
Já a oposição socialista olha para este documento com algumas reticências. José Serra dos Reis chega mesmo a dizer que “este é um documento muito fraquinho”. Isto porque, da leitura feita à carta educativa, o socialista apenas registou “quatro projectos a curto prazo e nada designado para o futuro”. Mesmo assim, os dois vereadores socialistas votaram favoravelmente o documento porque “mais vale uma má carta do que nenhuma”.
O mesmo consenso não foi obtido na moção apresentada pelos membros do PSD. Os sociais-democratas, em maioria na autarquia serrana aprovaram uma moção de protesto aos cartazes colocados na cidade pelo Partido Comunista Português. Cartazes esses que dizem respeito ao processo de venda de 49 por cento da Empresa Municipal Águas da Covilhã. Segundo Carlos Pinto, alguns dos cartazes apresentam termos como “negociata”. Palavra que o edil considera “ofensiva para com o órgão público que é Câmara Municipal da Covilhã”. No entender do autarca “todo o processo de venda é legítimo”.
A socialista Telma Madaleno mostrou algum desagrado pela moção chegando mesmo a dizer que “a liberdade de expressão e a opinião dos munícipes deve ser respeitada”. Pinto contrapôs de imediato acrescentando que este tipo de atitudes por parte do PCP “não têm a ver com a liberdade de expressão das pessoas, mas sim com libertinagem”.
O documento acabou por recolher os votos favoráveis dos sociais-democratas, enquanto os dois vereadores socialistas se abstiveram na votação “por não conhecer os referidos cartazes”.
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