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Semana da Ciência e Tecnologia na UBI
Que ciência se faz em Portugal? Criar pega-monstros e bolas saltitonas são algumas das experiências reservadas para os alunos que visitarem até dia 25 de Novembro a Universidade da Beira Interior
> Cátia FelícioArrancou ontem, dia 20, a Semana da Ciência e Tecnologia. As primeiras visitas por parte das escolas à UBI tiveram como destino os laboratórios de Química, onde os alunos dos 12.º ano da Escola Secundária da Quinta das Palmeiras tiveram a oportunidade de aprender a fazer pega-monstros, bolas saltitonas e ainda plástico.
Quem são os nossos cientistas? Como trabalham? O que investigam e que resultados obtêm? As respostas podem ser descobertas até dia 25 de Novembro na Universidade da Beira Interior (UBI). Assinalando-se, a 24, o Dia Nacional de Cultura Científica, a UBI não quis ficar de fora da Semana da Ciência e Tecnologia, um evento nacional que permite mostrar aos jovens o que se faz nos laboratórios de várias instituições do país.
Os departamentos de Ciências Aeroespaciais, Engenharia Civil, Arquitectura, Química, Engenharia Electromecânica e da Ciência e Tecnologia do Papel elaboraram vários programas e abrem as portas dos laboratórios às escolas para mostrar o que ali se faz. Isabel Ismael, docente do Departamento de Química, em conjunto com Helena Bandeira, é responsável pelas actividades a decorrer no departamento de Química. Referindo que a importância deste evento, diz ainda que “estamos a divulgar a Ciência. Estamos a divulgar um bocadinho daquilo que nós fazemos. E para que é que serve a Química”.
Já estão agendadas várias visitas por parte das escolas ao Departamento de Química da UBI e a outros departamentos. Ao longo do ano há outras actividades no departamento de Química, como é o caso do projecto da Ciência Viva. Através da iniciativa “A Ciência sai à rua”, um projecto estabelecido entre a UBI e três escolas da região, alunos e docentes deslocam-se com frequência às escolas para fazer demonstrações e actividades experimentais.
Jorge Reis da Silva, docente do departamento de Ciências Aeroespaciais da UBI, explica que o que mais fascina quem visita este departamento são as aeronaves CESSNA T – 37 e FIAT G-91. As visitas aos laboratórios de Ciências Aeroespaciais, de acordo com o docente, são esperadas “mais para o final da semana”. O objectivo é proporcionar, à comunidade, o contacto com as investigações desenvolvidas pelos alunos e docentes. ”É muito importante a universidade estar a participar num evento como este”, sublinha.
Destacando que uma das missões das universidades é não fechar a porta à comunidade envolvente, diz que o departamento de Ciências Aeroespaciais tem uma particularidade. “Em relação ao país, temos uma especificidade acrescida: só existe uma engenharia semelhante à nossa no Instituto Superior Técnico e na Academia Militar. (…) A nossa aposta fundamental é naqueles jovens, naquela camada de público”. Jorge Reis da Silva vê ainda a Semana da Ciência e Tecnologia como “uma cereja num bolo que nós dividimos aqui em várias fatias”, na medida em que revela uma aposta no “ensino e numa investigação de qualidade”. As actividades contam com o apoio dos núcleos relacionados com cada departamento.
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