Aeroporto da Covilhã “levanta voo”

Em reunião pública, o executivo municipal abriu concurso para um ante-projecto de construção do novo Aeroporto da Covilhã. A estrutura deve começar a funcionar em 2011.

No dia em que a Câmara da Covilhã recebeu a visita de cinco alunos de várias escolas do concelho foi aprovado o documento que marca o início da construção do novo aeroporto. Um “projecto regional”, segundo Carlos Pinto, presidente da edilidade, que começa agora a ganhar asas “para voar”. A sessão de carácter público serviu para votar a abertura de um concurso internacional que tem como objectivo a criação de um ante-projecto da nova estrutura aeroportuária.
No caderno de encargos, desenvolvido pelo município, em parceria com o general Lemos Ferreira, estão já as linhas mestras desta estrutura. O aeroporto vai ficar localizado no Terlamonte junto ao acesso Norte da A23 à Covilhã. Terá uma pista com dois mil e 300 metros de comprimento por 50 de largura e deve servir aeronaves com capacidade máxima para 125 passageiros. Nas contas da Câmara da Covilhã, este novo aeroporto “vai ter capacidade para servir 100 mil pessoas por ano”. No caderno de encargos apresentado pelo município está também prevista a construção de um hangar para a UBI e um outro para o Aeroclube da Covilhã.
Carlos Pinto, presidente da autarquia serrana garante que a estrutura “deve estar a funcionar em 2011, o mais tardar em 2012”. O social-democrata apontou este projecto como “um dos mais importantes para região”. Pinto garantiu mesmo que nas reuniões mantidas enquanto presidente da Comunidade Urbana das Beiras “todos os autarcas sublinham a importância do novo aeroporto”.
Quem não parece ter a mesma opinião são os dois vereadores da oposição. José Serra dos Reis e Telma Madaleno votaram favoravelmente à abertura do concurso, mas ainda assim deixaram fortes reservas quanto ao futuro da ideia. Nas palavras da socialista, este pode bem vir a ser um projecto “que não se vai concretizar”. A vereadora que ocupa o lugar deixado vago por Miguel Nascimento interpôs algumas questões a Carlos Pinto sobretudo “no que diz respeito a estudos de impacto ambiental e outros”. A proposta agora aprovada vai dar início a todo o processo.