Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 332 de 2006-06-13 |
As potencialidades do turismo
O turismo tornou-se numa nova área de estudo que cativou os alunos do último ano de Economia da UBI. Um interesse aplicado nos Dias da Economia do Turismo e que incentivam a uma melhor preparação para o futuro profissional.
Economia do Turismo é uma disciplina opcional que visa aplicar conceitos de economia no sector do turismo. Tratando-se de uma nova área de estudo de cariz não obrigatório, os alunos finalistas de economia da Universidade da Beira Interior comprovam o interesse pelo ramo numa iniciativa formada por conferências e apresentações de trabalhos elaborados no âmbito da disciplina.
Organizados pelo Núcleo de Estudantes de Economia (UBINEEC), com o apoio de alguns docentes do Departamento de Gestão e Economia, nomeadamente da professora Margarida Vaz, os Dias da Economia do Turismo propõem alcançar dois aspectos essenciais: desenvolver a capacidade de comunicação e dar a conhecer o trabalho realizado na Universidade.
“A oralidade deveria ser, nem sempre é, ponderada. É fundamental desenvolver a capacidade de comunicação para conseguir expressar ideias. Por outro lado, aqui fazem-se bons trabalhos que ficam muitas vezes arrumados, esta será uma boa forma de os dar a conhecer”, afirmou Margarida Vaz, docente da disciplina Economia do Turismo.
No dia 9 de Junho a iniciativa abriu com uma conferência sobre Turismo e acessibilidades proferida por Jorge Miguel Silva, docente do Departamento de Ciências Aeroespaciais da UBI.
Segundo Jorge Silva “num futuro próximo a região da Beira Interior poderá estar dotada de todas as ligações verdadeiramente importantes”, acrescentando ainda que “as acessibilidades deixarão definitivamente de ser um obstáculo para o desenvolvimento”.
As acessibilidades representam uma parte muito significativa dos ganhos do turismo, “não pode haver turismo sem mobilização”, esclareceu o docente.
Desenvolver infra-estruturas de acesso é fundamental para o sector do turismo, no entanto, será que a preocupação em melhorar as acessibilidades não poderá prejudicar o turismo? Na opinião de Margarida Vaz, “é elementar distinguir a acessibilidade à região e a mobilidade dentro da região. As acessibilidades externas têm que ser melhoradas e facilitadas. Dentro da região a construção de grandes infra-estruturas é de evitar, desenvolvendo meios de transporte “amigos do ambiente” e próprios para cada região”.
Neste primeiro dia dedicado à Economia do Turismo, os presentes puderam contar ainda com o testemunho de Pedro Guedes de Carvalho que relatou “Uma experiência de Planeamento em Turismo, o caso PETUR”.
O Coordenador do projecto PETUR, Plano Estratégico de Turismo na Serra da Estrela, contou como surgiu o projecto e falou dos seus principais objectivos. Pedro Guedes de Carvalho salientou que “é fundamental avaliar a sustentabilidade e saber gerir os recursos humanos”, alertando que “é preciso ter cuidados, pois o turismo tem muitas modas”.
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