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Os parques eólicos estão a crescer um pouco por toda a Europa

De Espanha, nem bons ventos…

O concurso lançado pelo governo português prevê a atribuição de 1500 Megawatts (MW) de energia eléctrica até 2011. A este desafio responderam já cinco consórcios, a Galp Energia e a Iberdrola, de Espanha, lideram a corrida.

> Eduardo Alves

Portugal é um dos países com maiores potencialidades na produção de electricidade através de aerogeradores. O governo vai anunciar este mês qual o consórcio que fica com a produção de 1500 MW que devem estar a ser introduzidos na rede de energia nacional até 2011.
A este concurso apresentaram-se cinco consórcios, mas a fazer fé nas propostas dos investidores, a Galp Energia e a Iberdrola, de Espanha são os dois nomes que vão disputar esta corrida. E se o ditado diz que “De Espanha, nem bom vento nem bom casamento”, o gigante das energias renováveis parece querer ir contra a sabedoria popular. A Iberdrola é, neste momento, o maior gigante mundial na produção de electricidade através de parques eólicos. Dos números desta empresa que domina o sector das energias em terras de Cervantes, fazem parte a produção de 4 mil MW de energia por ano. Uma meta conseguida através de diversas estações eólicas em consonância com o meio ambiente e que retiram da força do vento, energia suficiente para alimentar cerca de 600 mil habitações.
Os planos da empresa passam por apostar na Grécia, em França, no Brasil e em Portugal. No que diz respeito ao nosso País, mesmo sem saber ainda a decisão final do governo, os responsáveis pela empresa avançam já com projectos, bolsas de emprego, e volumes de negócios em causa. Os distritos da Guarda e de Paços de Ferreira vão ser os dois principais alvos da Iberdrola. Esta empresa pretende investir 1,2 mil milhões de euros até 2011. Dinheiro que vai servir para a construção de cinco fábricas de aerogeradores, e 700 postos de trabalho. Caso o consórcio liderado pela Iberdrola, do qual fazem parte também as empresas Gamesa, Visabeira, Alberto Mesquita, MECI e Galucho vença o concurso público, a Guarda acolherá um “Centro de despacho de Energia Eólica”. Este centro será formado por três das cinco unidades fabris a instalar em solo luso e segundo Pina Moura, presidente da Iberdrola Portuguesa, “trata-se de um importantíssimo cluster industrial e tecnológico”. É também na região Centro do País que a Iberdrola pretende instalar várias estações eólicas. Para tal, Iberdrola garante que vai construir 100 mil metros quadrados de solo industrial.
A Galp Energia está também na corrida pelas energias renováveis. Como que empurrada pelos ventos nacionais, a petrolífera portuguesa assume o comando do consórcio Ventinveste. Nos planos deste está previsto um investimento que ascende a mil milhões de euros, sem que se conheçam números relativamente aos postos de trabalho a criar. O terceiro concorrente envolve ainda um consórcio que junta a EDP, o grupo Endesa e a Sonae. Neste grupo onde estão também representadas empresas como a Finerge e a Generg, está prevista a construção de 30 mil metros quadrados de área industrial na região de Viana do Castelo. Acção que representa um investimento que ronda os 1,2 mil milhões de euros.

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Data de publicação: 2006-06-19 22:44:58
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