Um País ao sabor do vento

Portugal continua a ser um País que aposta na energia hídrica para dar resposta às suas necessidades. Contudo, este recurso não se mostra suficiente e na última década do século XX, mais de 80 por cento da energia consumida em terras lusas veio do exterior.

Os dados da Direcção Geral de Geologia e Energia (DGE) não enganam. Segundo este organismo, Portugal continua a ter na força da água a sua principal fonte de energia. No ano passado, as barragens portuguesas produziram cerca de metade da electricidade consumida, num total de 4917 Megawatts (MW). Mas ainda assim, a energia eólica tem vindo a conquistar um lugar cada vez mais importante. Os 112 parques eólicos instalados em território nacional representam já 1151 MW de energia eléctrica, que produzem cerca de um quarto das necessidades nacionais. A taxa de crescimento destas estruturas cifra-se nos 65,5 por cento, enquanto que no campo das energias hídricas esta mesma taxa ronda os 1,9 por cento.
As energias renováveis representam assim a grande aposta do Estado. Neste domínio conhecem-se as energias de origem terrestre, como é a energia geotérmica, de orgim gravitacional, como a força das marés, energia solar, energia armazenada na biomassa, energia hidráulica, e cinética dos ventos e das ondas.
O nosso País ocupa o quarto lugar, segundo a DGE, no que diz respeito à utilização de energias renováveis, no consumo total. Os apoios dados à produção de energia através de fontes renováveis situam-se essencialmente em dois domínios, no Decreto-Lei nº 339-C de 29 de Dezembro de 2001, que estabelece uma tarifa diferenciada para a produção de electricidade a partir destas fontes e num sistema de incentivos de apoio ao investimento em projectos de produção de energia deste tipo, através do Terceiro Quadro Comunitário de Apoio para Portugal (QCA III) na denominada Medida de Apoio ao Aproveitamento do Potencial Energético e Racionalização de Consumos (MAPE).

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