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Sobre a
importância
de aprender
a errar

Gonçalo Almeida*

Sobre a importância de aprender a errar


header1 Gonçalo Almeida*

Ter tido a sorte de escrever para uma plataforma online, pondo em prática o que se aprende nas aulas de Webjornalismo, foi importante para cimentar conhecimentos e para conseguirmos errar e experimentar de forma sucessiva. Uma das memórias mais presentes que tenho das aulas de Webjornalismo – para lá de links, hiperligações e de aprender a fazer parágrafos como se pode verificar abaixo – era a altura em que se partilhava a agenda noticiosa na cidade com os alunos.

Nunca ninguém queria ficar com os eventos capazes de gerar maior sonolência. Eventos desportivos e concertos eram os primeiros a ser escolhidos. Depois restavam palestras, palestras e ainda mais duas/três palestras – que eram sempre deixadas para o fim. E mal. A minha primeira notícia para o Urbi et Orbi foi sobre uma palestra de filosofia que se realizava às 9 da manhã. Se gostei de a cobrir? Guardo para mim. Se eram onde mais se aprendia a escrever leads e a arranjar ângulos de interesse comum? Não tenho dúvidas.

Depois, claro está, veio um belo jogo do Sporting da Covilhã, ainda com a Serra branca, a esbater-se ao fundo e mais palestras. Pode não parecer animado, mas é – normalmente metia lanchinho pelo meio.

Saí da Universidade da Beira Interior com a noção de que ia bem preparado e de que levava as ferramentas necessárias para corrigir os primeiros erros em jornalismo de forma célere. E assim foi. Ateliers, Urbi et Orbi e todas as cadeiras mais práticas foram essenciais para que tal acontecesse. Mas não só. As teóricas, muitas vezes olhadas com desdém, serviam de segundo pilar para que a casa não se desmoronasse ao primeiro vendaval.


*Depois de sair da UBI, Gonçalo Almeida entrou no jornalismo pela porta da Reuters, em Portugal. Foi lá que reparou que queria ser jornalista – sem nunca ter dado por isso. “E se a UBI me ensinou a dizer as primeiras palavras, foi na porta 190 da Avenida da Liberdade, em Lisboa, que aprendi a caminhar durante dois anos. Depois, “saltei” para o Jornal de Negócios no verão de 2019, onde permaneço atualmente”.