Os elementos do "Gato" vieram à UBI falar do processo criativo
Durante dois dias
Gato Fedorento espalha humor na UBI e na Covilhã

Os elementos do Gato Fedorento estiveram na Covilhã para dois espectáculos, e pelo meio fizeram uma palestra na UBI.


Por Fábio Moreira


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Sexta-feira, dia 1 de Abril, estava anunciada a presença dos quatro humoristas na UBI, e não era mentira, eles apareceram mesmo. O Anfiteatro das Sessões Solenes foi pequeno para tantos estudantes interessados, havendo algumas pessoas de pé.
O convite partiu do Departamento de Comunicação e Artes, o que «mostra o estado do ensino superior no país» disse Ricardo Araújo Pereira em tom de brincadeira. Foi com muito humor à mistura que durante hora e meia se falou de como se faz humor, ou seja, do processo criativo.
Ricardo Araújo Pereira defendeu que «todos têm ideias e todos já fizeram piadas», o que Zé Diogo Quintela complementou dizendo que «ter ideias não é o mais difícil, mas sim trabalhá-las».
O processo criativo de um humorista passa por ter ideias todos os dias, o que segundo Ricardo Araújo Pereira é um processo «possível de adquirir», sendo que Miguel Góis afirma que Ricardo Araújo Pereira tem até uma tabela com as técnicas para fazer humor. Tiago Dores pensa que «neste trabalho se sobrevaloriza bastante a componente técnica em relação à inspiração».
Os quatro rapazes foram unânimes em afirmar que uma maneira de fazer humor a partir de coisas simples do dia a dia é olhar para elas como uma criança o faria, questionando as coisas, e imaginando outros cenários absurdos partindo da mesma situação, aquilo a que os humoristas chamaram «e se?».
O «brainstorming», ou seja, várias pessoas a pensar em conjunto, o exagero de situações, ir por um determinado caminho e depois fazer uma inversão na situação para surpreender, foram algumas das técnicas humorísticas mencionadas nesta sessão.
Os humoristas fizeram uma comparação com outras áreas, onde há um conjunto de conhecimentos sistematizados, o que não acontece no humor. «Nós somos autodidactas e temos que olhar para o que os outros fazem, ver e ler muita coisa», afirma Zé Diogo Quintela.
Também a experiência é importante, segundo Ricardo Araújo Pereira «se fazemos um sketch sobre palermas, quanto mais palermas formos melhor sai, e por isso é que os nossos sketches sobre palermas são tão bons».


Gargalhadas e “bons cheiros” no Gato Fedorento

O Teatro-Cine recebeu os comediantes

O Teatro-Cine da Covilhã tornou-se sinónimo de gargalhada nas passadas quinta e sexta-feira, com as actuações dos Gato Fedorento, famosa série televisiva de humor que agora anda em digressão pelo país.
Miguel Góis, Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores e Zé Diogo Quintela, os jovens humoristas mais famosos de Portugal incluíram a Covilhã na digressão do programa de televisão e por dois dias actuaram na cidade-neve. Uma digressão que, segundo Ricardo Araújo Pereira, está a correr «muito bem» porque «a receptividade do público tem sido espantosa».
Sketches como o do «gajo a que aconteceu não sei quê», o concurso das velhas com mais doenças ou do «vendedor de “kunami” fresquinho», entre outros, levaram ao riso constante dos espectadores durante a cerca de hora e meia que os espectáculos duraram.
Depois de muitas gargalhadas e muitos aplausos, à saída do espectáculo as opiniões só podiam ser positivas e um pouco por todos os cantos se falava deste ou daquele sketch.