"A Universidade e sistemas regionais de inovação
[da periferia para o centro da dinâmica económica]",
investigação de Alcino Couto, docente do
Departamento de Economia da UBI, põe a nu a questão
da criação de novas centralidades económicas
em torno dos núcleos de desenvolvimento científico
e tecnológico.
"Hoje - defendeu o Professor nas provas de doutoramento
que decorreram na última quarta feira, 25, na Sala
dos Actos da Reitoria - a universidade não é
a instituição secular estável que
era anteriormente". As tendências actuais,
que apontam para a necessidade de um novo modelo de gestão,
onde a instituição tem uma imagem empreendedora
com novas missões para além da investigação
e ensino, são o resultado de diversos factores
recentes. Segundo o Alcino Couto, a investigação
alterou a noção de fronteiras, dispersando
os centros de investigação, o ensino democratizou-se,
alterando-se também os seus financiamentos. Todos
estes elementos combinados atribuem à universidade,
como centro de conhecimento, novas responsabilidades no
desenvolvimento económico do meio em que se insere.
A universidade deve entrar no sistema regional rompendo
com os componentes estáticos, satisfazendo a necessidade
de novas oportunidades para a própria economia.
Esta dialéctica desenvolve-se, explicou o docente,
em torno de três eixos de aproximação
da universidade na região: a produção,
a comercialização de activos tecnológicos
e a empresariabilidade académica.
Alcino Couto publicou no Urbi et Orbi, em Abril de 2000,
o artigo de opinião intitulado "A
necessária reforma da Universidade: algumas considerações".
No artigo o autor afirma: "Actualmente o mundo da
ciência não é apenas gerido de acordo
com as norms of science, mas também, e cada vez
mais, por factores oriundos de outros universos, fundamentalmente
político e de mercado".
|