Há cinco anos que as eleições para
a AAUBI contavam com uma única lista candidata.
Durante os anos anteriores, a falta de concorrência
revelava-se pouco aliciante para os estudantes da UBI,
traduzindo-se num número reduzido de votos. Normalmente,
nas eleições com uma lista única
candidata, os votos costumam rondar os oitocentos.
Este ano verificou-se uma maior participação,
proporcionada pelas duas listas concorrentes à
mesa da Assembleia Geral de Alunos (AGA). A eleição
foi disputada até ao fim, resultando numa vitória
por apenas dois votos de vantagem da lista D.
"Por dois votos se ganha, por dois se perde. A partir
de agora não podemos pensar mais nisso". Foi
esta a reacção do candidato pela Lista I
à presidência da mesa da AGA, Marco Gabriel,
que acredita que ninguém ficou a perder. "A
candidatura valeu muito a pena. Ao participarmos com uma
lista para a mesa da AGA, tínhamos muitos objectivos
e alguns deles foram cumpridos. A eleição
foi apenas um dos que não foi cumprido. Mas também
não era o mais importante", afirma Marco Gabriel.
"A ideia é continuar a trabalhar, cada um
apresentar as suas propostas e tentar, em conjunto, resolver
os problemas da academia", conclui o candidato derrotado.
Jorge Jacinto, candidato pela lista D e vencedor para
a mesa da AGA, está de acordo. "Queremos trabalhar
em conjunto com a Lista I. Não podemos partir para
a desunião ou para o conflito. O fim é uma
maior e melhor academia".
Os dois candidatos são unânimes relativamente
ao que é importante retirar da campanha: o mérito
é principalmente da Academia que este ano aumentou
a sua participação nas votações.
O facto de haver duas listas proporcionou uma eleição
mais consciente apontam os candidatos.
Marco Gabriel afirma-se pronto a desenvolver o trabalho
que propôs na sua candidatura. "Vamos, de uma
forma informal, criticar e elogiar a actual associação".
E estabelece outra meta: "se as propostas que apresentámos
forem concretizadas para o ano isso é, desde já,
uma vitória".
Jorge Jacinto concorda e sublinha, "A partir deste
momento desaparecem as siglas e ficam as ideias e mais
pessoas para trabalhar". "Espero que este ano
seja um mês de Março", um ano de reivindicações,
conclui o presidente da AAUBI cessante.
[Ler
entrevista a José Miguel Oliveira, novo presidente
da AAUBI]
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