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Greve no Parque Arqueológico
do Côa
Sem adesão nem
impacto
O impacto da greve marcada
para este fim-de-semana no Parque Arqueológico do Vale
do Côa (PAVC) esteve muito aquém das expectativas
do Sindicato da Função Pública. Apenas um
terço dos 30 funcionários do Parque aderiram à
paralisação, número composto pelos guias
- intérpretes - motoristas. Administrativos e técnicos
não se manifestaram.
A chuva abundante que caiu na
região, aliada à desmarcação antecipada
das visitas agendadas para este fim-de-semana, contribuiram definitivamente
para o impacto pouco significativo desta greve. A juntar a estes
dois factores, os dois centros de recepção do PAVC
(Muxagata e Castelo Melhor) estiveram abertos, como se nada se
passasse.
Esta greve foi convocada como forma de protesto contra "a
clara e óbvia desadequação do vínculo
profissional de pessoas que desempenham funções
de carácter permanente", afirmam os dirigentes sindicais
em declarações à Agência Lusa. O Sindicato
bate-se pelo direito dos funcionários do PAVC a um emprego
com qualidade e estabilidade, o que não sucederá
enquanto o Parque mantiver trabalhadores com contratos a prazo,
"a recibo verde e à hora".
O director do Instituto Português de Arqueologia (IPA),
João Zilhão, apelou sempre ao bom senso do Sindicato
dos trabalhadores, para o cancelamento da greve. De acordo com
este responsável, a aprovação dos quadros
de pessoal do IPA e seus serviços dependentes, que decorreu
a 12 de maio de 1999, não é suficiente para "desencadear
os procedimentos concursais necessários ao respectivo
preenchimento". Para que isso possa acontecer, em caso de
concursos externos, é necessário um despacho governamental
de descongelamento das vagas, que "já foi solicitado
ao Ministério em 1999 e, de novo, no início deste
ano". A solução da situação
dos funcionários do PAVC é, portanto, uma questão
de tempo. Uma indefinição contra a qual o Sindicato
promete continuar a manifestar-se.
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