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Trabalhadores em luta por
melhores salários e condições de trabalho
Greves paralisam
sectores fundamentais
Maio foi eleito o mês das reivindicações.
Esta semana e a próxima serão pautadas por greves
nos mais variados sectores. Em causa estão "a desadequação
dos salários e das condições de trabalho
à realidade europeia", situação agudizada
pelo aumento do preço dos combustíveis, que influirá
directamente na taxa de inflação.
CARRIS, CP, Metropolitano, EPAL,
Finanças e cantoneiros já marcaram paralisações
que prometem abalar a comunidade o suficiente para pressionar
as entidades patronais a escutar e discutir as suas exigências.
A CARRIS pára no dia 9, entre as 9h30 e as 15h30. Já
é a nona greve este ano, e só será desmarcada
caso os trabalhadores e a administração cheguem
a acordo sobre os aumentos salariais na reunião de quarta-feira.
Também com seis paralisações este ano, o
Metropolitano tem mais duas greves agendadas: uma para esta quarta-feira,
entre as 6h30 e as 13h, e outra para dia 9, de 24 horas.
Ainda na quarta-feira, os maquinistas da CP pretendem prosseguir
com greves parciais, que prolongarão até dia 5
e cujas repercussões são difíceis de prever.
Por precaução, o Governo já exigiu serviços
mínimos à CP.
Por outro lado, os que deixaram para a última hora a entrega
das declarações do IRS vão ver-se aflitos,
pois os trabalhadores dos impostos vão parar. Uma greve
que promete afectar muitas repartições de finanças
e que obrigará o Governo a dilatar o prazo para a entrega
das declarações. Uma greve em nome de reivindicações
antigas, nomeadamente pela reestruturação das carreiras
e por um suplemento de risco pelo transporte de valores.
O dia 9 marca igualmente o fim da greve dos cantoneiros do concelho
de Sintra, que regressaram no domingo à greve. Antes de
voltarem a recolher o lixo, os funcionários exigem que
a autarquia esclareça quais as freguesias abrangidas pela
empresa municipal Sintra Higiene Pública, que poderá
vir a ameaçar os seus postos de trabalho.
Por fim, e também preocupante, é a greve dos trabalhadores
da EPAL, marcada para quinta-feira, entre as 14h e as 19h. Um
protesto contra o aumento salarial de três por cento proposto
pela administração. A paralisação
poderá deixar Lisboa sem água até sexta-feira,
caso rebente algum cano.
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