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Um homem típico
do Renascimento


Embora a maior parte da sua vida tenha decorrido no século XV (1452-1519), Leonardo Da Vinci é considerado um homem típico do período do Renascimento, pela genialidade e dos projectos em que sempenhou e pela diversidade das suas áreas de interesse.
O fulgor inventivo de Da Vinci levou-o a abordar todos os campos do saber e do conhecimento. É fundamentalmente conhecido como pintor, mas também se dedicou à escultura, arquitectura e engenharia, especialmente à militar, campo no qual inventou uma enotidade drme quane maquinaria.
Desde as famosas máquinas voadoras aos carros de assalto e aos submersíveis e das ferramentas aos relógios, automatismos, medidores, navios e instrumentos musicais, a sua obra científica é vasta.
Fez estudos de matemática, de física, sobretudo nas áreas da hidráulica e da óptica, abordou os temas de botânica e da anatomia, cujos desenhos revelam conhecimentos com séculos de avanço.
Ainda hoje, as suas notas, desenhos e ilustrações nestes e noutros domínios podem ser consultados no denominado "Codex Atlanticus", na Biblioteca Ambrosiana de Milão.
Nascido a 15 de Abril de 1452, em Vinci, perto de Eboli, na Toscana, em pleno período da Renascença italiana, e filho de um notário natural de Florença, Leonardo da Vinci veio a falecer a 02 de Maio de 1519, no Castelo de Claux, próximo de Amboise, França.
Como pintor, notabilizou-se com as telas "A Gioconda (Mona Lisa)", "Adoração dos Magos", "A Ceia", "Sant'Ana" e a "Virgem dos Rochedos".


Máquinas com 500 anos expostas em Silves
Da Vinci, o visionário

Têm mais de 500 anos e fazem adivinhar o génio do seu criador. Até 5 de Novembro, máquinas concebidas por Leonardo Da Vinci vão estar em exposição em Silves.
"Máquinas de Leonardo Da Vinci" integra diversos painéis com desenhos e maquetas construídas em madeira e tamanho natural, réplicas das mais importantes máquinas idealizadas por Leonardo Da Vinci há mais de 500 anos. A exposição, que irá ocupar durante sete meses o espaço designado por "Cisterna do Castelo de Silves", integra ainda painéis de desenhos de máquinas representadas nos cadernos de Leonardo Da Vinci.
O "Barco de Pás", "Parafuso Aéreo", "Guindaste de Plumas", "Asas", "Búzio", "Movimento Contínuo Alterno", "Odómetro", "Guindaste de Roldanas Múltiplas", "Entalhador de Limas", "Guindaste de Manivelas", "Guindaste de Parafusos" e "Automóvel" são algumas das maquetas construídas em madeira a partir dos cerca de 20 mil desenhos que Leonardo Da Vinci legou à ciência e à cultura.
As doze maquetas expostas foram construídas à escala original por uma equipa de entusiastas da obra de Da Vinci, dirigida pelo professor e marceneiro madrileno Fernando Andrés, com o apoio científico do arquitecto Cristian Roviere na investigação e elaboração dos planos de construção dos projectos desenhados pelo inventor, que em vida nunca teve oportunidade de ver realizados.

Um legado inovador

O conjunto de peças patentes no Castelo de Silves, propriedade do Conselho de Educação e Cultura da Comunidade de Madrid, foram construídas em 1990 e 1991, tendo na altura o seu custo orçado em cerca de 12 mil contos.
Leonardo Da Vinci deixou um legado de ideias inovadoras que, embora muitos dos inventos não servissem para a função para a qual foram concebidos, acabaram por ser desenvolvidas séculos mais tarde por conterem a base científica da época do florescimento cultural em que as peças foram idealizadas.
Muitos dos projectos foram os embriões de verdadeiras máquinas da revolução industrial e da civilização, designadamente os célebres barcos a vapor do Mississipi, inspirados no invento "Barco de Pás", as "Asas", percursoras dos aparelhos de voo, e o "Búzio", destinado a caminhar pelos leitos dos rios e dos mares e que funcionou como que o antecessor do escafandro inventado há mais de 500 anos por Leonardo.
Os desenhos de Leonardo Da Vinci apresentam a particularidade de estarem escritos ao contrário, de forma a só poderem ser interpretados através da sua reprodução num espelho, estratégia encontrada pelo visionário da Renascença para proteger a sua sabedoria científica.
Para a Câmara de Silves, promotora da iniciativa, a mostra constitui uma exposição didáctica que "ajuda a entender e compreender o impulso dado pelo Renascimento ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia". Trata-se, segundo a autarquia, de "uma excelente oportunidade de ideia para que as pessoas fiquem a saber que o legado e projectos que Da Vinci deixou viriam a desenvolver-se com êxito, alguns séculos mais tarde".

 

 






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