<Comissão Europeia
propõe ensino electrónico>
Europa on-line
Pôr as escolas a funcionar com e na Internet é o
objectivo da iniciativa "e-Learning" lançada
na última Quinta-feira, 9, pela Comissão Europeia,
em vésperas de o Conselho Europeu de Lisboa discutir a
Europa da inovação e do conhecimento.
A iniciativa "e-Learning (Ensino electrónico)"
completa, nos domínios da educação e da
formação, outra iniciativa da Comissão de
Bruxelas - "e-Europe (Europa electrónica ou "on-line"),
que visa fazer da cultura numérica um dos conhecimentos
de base de cada jovem europeu.
No quadro da e-Learning prevê-se que todas as escolas da
União Europeia tenham, até ao fim de 2001, acesso
à Internet e a recursos multimedia (vários suportes
electrónicos), incluindo serviços pedagógicos
e educativos acessíveis a todos os estudantes e professores.
Para um ano depois, prevê-se que todos os professores disponham
de equipamento informático individual e que sejam capazes
de utilizar a Internet e os recursos multimedia. Até ao
fim de 2003, todos os alunos deverão ter adquirido, no
final da escolaridade, uma cultura numérica.
A Comissão reconhece que tais objectivos são "particularmente
ambiciosos", requerendo "esforços suplementares
da maioria dos estados-membros".
Tecnologias de informação
sem pessoal qualificado
Para a colocação "em
rede" das escolas e dos formadores, a Comissão propõe
que sejam mobilizados, sobretudo, recursos nacionais a complementar
com fundos estruturais europeus (destinados à correcção
das disparidades regionais) nas regiões elegíveis
e com os recursos gerados por uma parceria entre os poderes públicos
e industriais.
Tais medidas vêm ao encontro dos objectivos da formação
contínua e da utilização das novas tecnologias
patenteados nos programas comunitários Socrates (educação),
Leonardo da Vinci (formação) e Juventude (mobilidade)
para os anos 2000-2006, cujo lançamento decorrerá
a 17 e 18 de Março em Lisboa.
Dotados de mais de 600 milhões de contos, os orçamentos
dos três programas aumentaram em 30 por cento comparativamente
ao período precedente.
Assistirão à respectiva conferência de lançamento,
o Chefe de Estado, Jorge Sampaio, e do Governo, António
Guterres, portugueses, a comissária europeia responsável
pelo pelouro da Educação e Cultura, Viviane Reding,
além dos ministros da Educação da Juventude
e da Formação Profissional dos 31 países
aos quais os programas são abertos.
Num recente estudo citado pela comissária Reding, estima-se
que o défice da UE em pessoal qualificado nas tecnologias
de informação seja da ordem de 1,6 milhões
de pessoas em 2002, o que traduz, segundo a responsável
comunitária, a lentidão com que a Internet é
introduzida na maior parte dos estados-membros. |