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Em apenas
dois meses já ardeu metade da área total destruída
no ano passado pelo fogo
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<Menos 300 hectares em apenas
dois meses>
Queimadas mal controladas
consomem Serra da Estrela
Em apenas dois meses já arderam mais de 300 hectares do
Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE). Este espaço
corresponde a metade da área total ardida em 99, fazendo
temer que, continuando a este ritmo, 2000 seja um dos piores
anos em termos de incêndios em áreas florestais.
Fernando Matos, director do Parque, responsabiliza os pastores
e as suas queimadas sem controlo, na sua tentativa de revitalizar
os pastos, por esta situação. Segundo este responsável,
os incêndios poderiam ser prevenidos se os pastores contactassem
os bombeiros e os técnicos do Parque para realizar queimadas
controladas.
O director do Parque Natural mostra-se "profundamente preocupado"
com esta situação, que se vem agravando nos últimos
dias, tendo já atingido, embora sem grandes consequências,
a Moita do Conqueiro, junto ao Lagoacho (Seia), área classificada
como "Reserva Botânica", e o Covão de
Santa Maria, no curso inicial do rio Mondego.
Esta preocupação é partilhada pelo Governador
Civil da Guarda, Fernando Cabral, que reuniu recentemente com
os serviços do Ministério da Agricultura, com responsáveis
do PNSE, com forças da segurança, bombeiros e autarquias
da região para debater a questão e estudar medidas
de intervenção.
De acordo com o Governador, "as queimadas só podem
ser realizadas após autorização expressa
do Governo Civil e quem as realiza sem este procedimento incorre
em situações ilegais puníveis com coimas
que vão dos 10 aos 50 contos".
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