<Renovação
do sector reforça medidas de segurança>
Primeiros táxis
portugueses com separador já estão nas estradas
Os primeiros 20 táxis portugueses equipados com separador
entre condutor e cliente foram apresentados em Lisboa na última
Sexta-feira, 10, num reforço de segurança que os
profissionais do sector gostavam de ver comparticipado pelo Governo.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi
(FPT), Carlos Ramos, disse à Agência Lusa que estas
são as primeiras 20 viaturas de um total de 60 que já
existem, estando encomendadas modificações em outras
250.
Carlos Ramos lamentou que a modificação, que orça
em cerca de 185 mil escudos com montagem, não seja comparticipada
pelo Governo e disse aproveitar a presença do secretário
de Estado da Administração Interna, Luís
Patrão, na cerimónia de apresentação
para sensibilizar o executivo para o problema.
"Vou aproveitar para sublinhar o esforço que o sector
está a fazer na implantação das medidas
de segurança aprovadas por lei e apelar ao Governo para
apoiar financeiramente os profissionais que adoptem estes componentes
de segurança", frisou o dirigente da FPT.
O separador, fabricado por uma empresa espanhola, é de
uma matéria transparente (policarbonato compacto, com
seis milímetros de espessura) à prova de bala,
tem uma pequena janela de correr, vários auriculares que
permitem a comunicação entre condutor e passageiro
e um "moedeiro" para se proceder aos pagamentos.
De acordo com a lei aprovada em 1998, os motoristas dos táxis
que usem este sistema podem recusar transportar um passageiro
no banco da frente, ficando assim a lotação reduzida
a três pessoas.
Multibanco, satélite e lanternas
SOS
Além da divisória, que apesar
da ainda fraca divulgação está rapidamente
a conquistar interessados, a FPT está a promover o sistema
de GPS/GSM (comunicação e localização
por satélite) e a introdução de multibanco,
bem como o sistema de SOS integrado nas novas lanternas de identificação
de tarifários e colocadas no tejadilho da viatura e a
ligação rádio com esquadras da PSP e postos
da GNR.
Relativamente ao uso da luz de SOS inserida nas novas lanternas
de identificação dos tarifários, Carlos
Ramos afirmou que já foi apresentada uma proposta por
uma outra empresa espanhola, estando o modelo para homologação
no Instituto Português da Qualidade (IPQ) "há
mais de quatro meses".
Um pouco atrasada está também solução
do GPS/GSM e utilização do multibanco, que se encontra
a ser desenvolvida e testada. Contudo, Carlos Ramos garantiu
que até ao final de Julho o processo deverá estar
concluído e o equipamento montado em cerca de 200 viaturas.
As projecções da FPT apontam para que, no espaço
de um ano e meio, este sistema seja montado em cerca de dois
mil dos 12.668 táxis existentes em todo o país. |