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Vergílio
Ferreira é uma referência incontornável da
literatura portuguesa
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Almeida Faria vence
Prémio Vergílio Ferreira 99
O escritor Almeida Faria, 57 anos, foi distinguido com a atribuição
do Prémio Vergílio Ferreira. A cerirnónia
de entrega do prémio, no valor de um milhão de
escudos, decorreu em Évora na Quarta feira, dia 1 de Março.
Este galardão foi instituído pela Universidade
de Évora, como forma de perpetuar o nome e a obra de Vergílio
Ferreira.
No acto, Almeida Faria referiu os tempos em que foi aluno do
autor de "Signo Sinal" ou "Manhã Submersa",
no Liceu Nacional de Évora. Vergílio Ferreira foi
o motivador da sua atracção pela escrita, recordando-o
como: "um homem sisudo, de poucas conversas, com fama de
escritor maldito e que me deixou fascinado".
O júri, constituído por Vítor Aguiar e Silva,
Hélder Godinho, Filomena Gonçalves e Francisco
José Viegas e presidido por José Alberto Machado,
pró-reitor da UE para a área da cultura, reconheceu
"o carácter profundamente inovador" das narrativas
de Almeida Faria.
Um convidado especial para a cerimónia foi o presidente
da República, Jorge Sampaio. A propósito da obra
do galardoado referiu "Rumor Branco", o primeiro romance
de Almeida Faria (1962), como um "sobressalto na ficção
portuguesa, pelo uso de novas técnicas e processos. Uma
obra que muito tocou a minha geração".
Da sua carreira de 37 anos destacam-se algumas obras significativas
para a novas vanguardas dos anos 60 em Portugal, romances: "A
Paixão", 1965; "Cortes", 1978; "Lusitânia",
1980; "Cavaleiro Andante", 1983; "0 Conquistador",
1990 e o recente "A Reviravolta". |
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