Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
É bastante interessante ver a UBI brilhar na coordenação de um projeto desta envergadura
Eduardo Alves · quarta, 30 de janeiro de 2013 · Continuado Irene Bonvissuto esteve na Covilhã para tomar contacto com os parceiros do projeto Singular. A diretora geral da área da inovação em conversão de energia e sistemas de distribuição, na Comissão Europeia, destacou o papel da academia beirã. |
Irene Bonvissuto e João Catalão no primeiro encontro do projeto "Singular" |
21969 visitas Urbi – Um dos principais projetos de investigação na área da energia, apoiado pela Comissão Europeia, vai ser coordenado por uma universidade portuguesa. Quais as principais metas que esperam alcançar? Outro ponto relevante é o facto deste projeto vir a ser liderado por Portugal, mas tem também outros países incluídos e diversas instituições, como universidades e empresas de vários sectores. Vai ser muito interessante verificar a implementação das novidades que vão sair deste trabalho e a sua aplicação noutros países. Daí este tipo de iniciativas ser tão importante no contexto europeu. Este desenvolvimento permite também que não sejam duplicados investimentos em projetos semelhantes, fazendo uma melhor aplicação de recursos. Trata-se de um grande esforço que estão a fazer e de um trabalho exaustivo que arranca agora na coordenação de todos estes parceiros e na conjugação das várias atividades desenvolvidas nos vários pontos do continente europeu. Mas parto daqui muito confiante no trabalho desta equipa e também muito agradada pelo facto de termos caras novas a liderar este tipo de projetos, para que não sejam sempre os mesmos países e instituições a fazê-lo. É sempre mais fácil para alguns, mais próximos da comissão europeia acederem a fundos para as suas atividades e o facto de ter sido atribuído à Universidade da Beira Interior a coordenação deste projeto é um feito assinalável, quer para a instituição, quer para o coordenador do projeto. Mas a comissão, ao atribuir estas verbas e a coordenação as mesmas a estas instituição está também a mostrar a sua abertura para estas instituições. Maior colaboração, partilha de saberes e uma aplicação prática das conclusões, em termos europeus são algumas das metas que vão ser cumpridas. Destacar o caso prático da Irlanda que têm aqui também um conjunto de investigadores. Um aspeto importante é o caso irlandês que está, em certa medida, “isolado” do continente e por isso teve de conseguir desenvolver soluções para se tornar independente. Aquilo que hoje se aplica naquele país pode agora ser analisado e aplicado em mais territórios do continente. É muito importante esta interligação e partilha de conhecimentos. Com isso vem também a troca de informações, a partilha de dados e laboratórios. Este projeto, tal como mais um conjunto de outros nesta área, foi apoiado pela comissão com o objetivo de sabermos como podemos ter muito mais eletricidade proveniente de fontes de energia renováveis, preservar essas mesmas fontes através de um consumo o mais racional possível e lidar com toda uma rede elétrica que passa a ser alimentada por um vasto conjunto de fontes de energia. Tudo isto inserido na meta de “2020”, ou seja, até esse ano 2020 termos 20 por cento de toda a energia da União Europeia a ter origem em fontes renováveis. Esse ano não está longe e por isso mesmo temos de acelerar o passo e percorrer todo o caminho até lá. Não estamos mais a trabalhar no abstrato, mas já com coisas concretas e a aplicá-las. [Voltar] |