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UBI gere rede elétrica europeia
Eduardo Alves · quarta, 30 de janeiro de 2013 · @@y8Xxv A primeira reunião de trabalho do maior projeto científico da história da Universidade da Beira Interior decorreu na passada semana. Ao longo dos próximos três anos as atenções vão estar centradas na academia beirã que vai coordenar a implementação de uma rede elétrica alimentada por energias renováveis. |
Os vários membros deste consórcio estiveram na UBI na primeira reunião do projeto |
22017 visitas Está dado o primeiro passo para a criação de uma rede elétrica europeia que vai buscar a sua energia a fontes renováveis. Uma estrutura internacional com um sistema de gestão inteligente que integra energia eólica, solar e hídrica e permite a conjugação mais eficiente destas origens. “Singular” foi a denominação encontrada para esta empreitada científica que junta uma pluralidade de investigadores e empresas de vários países europeus. São cinco milhões e meio de euros que chegam através da Comissão Europeia para financiar a implementação das metas propostas pelos mentores deste desafio. João Catalão, docente no Departamento de Engenharia Eletromecânica da UBI é a figura central neste desafio. O investigador na área das renováveis tem vindo a ganhar relevância pelos seus trabalhos científicos e coordenação de projetos que estão para lá da teoria, contando com a aplicação de inovações em redes elétricas inteligentes. Uma importância que mereceu já o reconhecimento dos seus pares, nomeadamente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (Inesc), unidade associada do Instituto Superior Técnico. O Inesc vai agora instalar um polo de desenvolvimento na UBI cuja coordenação estará a cargo de João Catalão. Uma outra prova da importância desta investigação está também na presença de Irene Bonvissuto, diretora geral de investigação e inovação da Comissão Europeia. Esta representante da CE falou ao Urbi sobre o “Singular” e sobre as expectativas da coordenação da UBI. Para Bonvissuto, “esta é a prova de que quando a investigação e o trabalho são bem feitos todos podem conseguir este tipo de financiamento”. Esta primeira reunião, que contou com a presença dos vários membros parceiros que formam o consórcio científico serviu essencialmente para distribuir tarefas e calendarizar trabalhos. Outro intento passou pela apresentação, mais aprofundada das ações de cada parceiro. Implementar uma forma de gestão inteligente de redes elétricas é agora uma das grandes metas desta investigação. Os membros responsáveis pelo projeto esperam conseguir a partilha de conhecimentos. Os promotores do "Singular" esperam conseguir a partilha de práticas e conhecimentos na criação de uma estrutura que será aplicada a vários países europeus. Recorde-se que o principal objetivo do programa é o de adaptar o atual sistema energético europeu de forma a torná-lo mais sustentável, mais independente, conjugando várias fontes de energia (incluindo renováveis) mais eficiente e mais seguro, aumentando simultaneamente a competitividade da indústria europeia. “A ideia é trabalhar na energia renovável e apoiarmo-nos nas “smart grides”, redes inteligentes de energia. O grande avanço desta investigação é o facto de estar focada em ilhas, isto porque são territórios onde existe essa falta de comunicação ou ligação a sistemas de energia e muitas vezes a própria ilha tem de ser autónoma, em termos energéticos, relativamente a outros espaços”, sublinha João Catalão. Desde os Açores, às Ilhas Canárias, passando por ilhas italianas e gregas, muitos são os locais que nos próximos 36 meses vão servir de laboratórios para o desenvolvimento dos trabalhos em causa. |