Voltar à Página da edicao n. 520 de 2010-01-05
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      Edição: 520 de 2010-01-05   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
Fogo de artifício na passagem de ano dos barcelences.

BARCELOS: mau tempo na passagem de ano

Na terra do galo, o último dia do ano ficou marcado pelo mau tempo que levou à transferência da tradicional festa do Largo da Porta Nova para o Pavilhão Municipal.

> Andreia Martins

Na cidade de Barcelos, o fogo-de-artifício é um dos momentos mais aguardados na passagem de ano. Tal como nos anos anteriores, a organização tinha previsto uma festa gratuita ao ar livre no Largo da Porta Nova, no entanto as condições meteorológicas adversas obrigaram a uma transferência dos festejos para o pavilhão municipal de Barcelos. Após a meia-noite, alguns populares permaneciam no Largo da Porta Nova à espera de ver o fogo. “Nós pensávamos que era aqui, fomos enganados logo no início do ano”, dizia António Silva, indignado, mas em tom de brincadeira.
A alteração do local da festa talvez justifique a pouca adesão da população. Embora a chuva tenha dado tréguas no momento de espectáculo pirotécnico, certo é que o frio levou muitas pessoas a permanecer no aconchego de suas casas. Nesta cidade minhota, a passagem de ano é uma espécie de segundo Natal. Ao jantar o bacalhau é o rei da mesa, e na hora da sobremesa, a aletria, o bolo-rei, o pão-de-ló, filhós, sonhos e mexidos estão presentes.
Apenas os mais jovens resistiram ao frio da noite de final de ano e saíram à rua. Na festa organizada pela Câmara estiveram Dj’s, a Orquesta Aparatu’s e Beto Kalulú. O programa  contou também  animadores circenses, malabaristas, cuspidores de fogo, palhaços, insufláveis e o famoso fogo-de-artifício que encheu de cor e magia o céu da cidade durante 25 minutos.
As várias discotecas de Barcelos estiveram com lotação esgotada. A discoteca Consolado, em Tamel S. Fins, foi o local de diversão nocturna mais procurado pelo facto de ter a passagem de ano mais low cost da cidade: apenas um euro.
Numa cidade com 89 freguesias, a escolha do local onde passar o ano foi difícil, mas em todos eles a mesma tradição: “Doze passas na mão, um copo de champanhe para empurrar e … já está”, disse euforicamente Tânia Oliveira, quando o relógio deu as últimas doze badaladas de 20109. Além desta tradição, existem muitas outras, como saltar de uma cadeira à meia-noite ou estar apenas com o pé direito no chão quando o relógio bate as zero horas.
Tradições e superstições à parte, o que os barcelenses querem é que “o novo ano seja melhor e com muita saudinha”, disse Anabela Andrade, doméstica, de 68 anos. Já João Simões, técnico de informática, de 24 anos, deseja que “FCP seja campeão e que o meu filho nasça saudável. O meu campeão nasce em Fevereiro, por isso 2010 será um ano em grande para mim”, acrescentou com entusiasmo, João Simões. As alegrias de uns e os ressentimentos de outros estiveram presentes nesta festa por diversas razões, e mais uma vez a tradição cumpriu-se.


Fogo de artifício na passagem de ano dos barcelences.
Fogo de artifício na passagem de ano dos barcelences.


Data de publicação: 2010-01-05 00:00:01
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