Voltar à Página da edicao n. 392 de 2007-08-07
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A UBI acolheu vários alunos através do programa Ciência Viva

O berço da ciência

Trocaram as férias de Verão por algumas semanas dentro das universidades. São três jovens do Ensino Secundário que aderiram ao programa Ocupação Científica de Jovens nas Férias, ao abrigo do Ciência Viva, promovido pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica que pretendem conhecer o ambiente universitário e escolher a instituição onde continuar os seus estudos.

> Eduardo Alves

Júlia Tronco mudou-se durante 15 dias de Valpaços para a Covilhã. Na bagagem, a esperança de aprender algumas coisas sobre o restauro de peças e sobre a museologia, no âmbito do programa Ciência Viva. O Museu de Lanifícios é a estrutura que acolhe esta aluna do 11º ano de escolaridade. A aluna já é “repetente” neste tipo de programas, pois no ano anterior esteve na Universidade de Aveiro. Durante uma semana integrou "um grupo de Física e pelo menos deu para perceber que não era bem aquilo que queria seguir no futuro”. Isto porque, na perspectiva da jovem natural de Valpaços, “este tipo de iniciativas serve para clarificar um pouco aquilo que gostaríamos de seguir, no um caso, estava a pensar em Física, mas depois acabei por mudar de ideias”.
Para além deste aspecto, Júlia destaca o facto de através deste tipo de programa “se ficar a conhecer as universidades e o que estas representam”.
Quem também parece já conhecer os meandros universitários é Hugo Gonçalves: este jovem de Castelo Branco já não se perde por entre os labirínticos corredores da Universidade da Beira Interior. Aluno do Ensino Secundário escolheu, mais uma vez, a instituição covilhanense como local de acolhimento da sua semana do programa “Ocupação Científica de Jovens nas Férias 2007”.
Com 17 anos, Hugo Gonçalves trocou a aldeia de Casal de Águas, em Castelo Branco e rumou até à “cidade neve”. Este ano tem como companheiro Daniel Gaspar, com 16 anos. Daniel vai descobrindo com a ajuda do colega aos diferentes laboratórios de Química da instituição.
É sobretudo com o objectivo de proporcionar aos estudantes do Secundário, uma oportunidade de aproximação ao meio universitário e uma ligação ao trabalho científico que é desenvolvido nas instituições que se realizam este tipo de actividades. Os dois jovens que escolheram a área da Química para as actividades da semana Ciência Viva na UBI são os primeiros a falar sobre este assunto. Por momentos deixam de lado os aparelhos do laboratório de Química Analítica e colocam em repouso os tubos de ensaio com compostos avermelhados, dos quais pretendem saber a solubilidade, e falam sobre as restantes experiências desenvolvidas na Covilhã e sobre a semana que passaram na UBI.
Ambos concordam que este tipo de iniciativas se deveria repetir “e serem mais divulgadas”, lembra Daniel Gaspar. Este aluno que deixou a sua terra natal de Janeiro de Cima, há pouco mais de ano, para ir estudar para Coimbra, adianta que teve conhecimento desta iniciativa “através de cartazes que estavam espalhados pela escola”. Feita a inscrição na UBI, aquilo que impressiona nesta universidade “é o tamanho das instalações, dos corredores, dos laboratórios”, explica Hugo. No seu segundo ano na UBI, já vai conhecendo melhor a instituição e garante mesmo que “esta será uma das universidades onde penso frequentar um curso”. O jovem albicastrense quer enveredar pela área da Química, a mesma do colega Daniel, daí que “estar em laboratórios equipados como este e poder fazer diversas experiências é muito bom”.
“Ao contrário do que possa parecer, acabamos mais por gostar de passar aqui uma semana, do que em casa a ver televisão”, lembra Daniel Gaspar, antes mesmo de ser questionado sobre o facto do programa decorrer em período de férias.
Para além deste ponto positivo, Hugo Gonçalves lembra também que “as matérias que aprendi aqui o ano passado foram-me muito úteis no decorre do ano lectivo”. Este aluno do 11º ano de escolaridade exemplifica com “um exercício que se realizou na escola e que servia para determinar a dureza das águas”. “Como já tinha feito essa experiência aqui na UBI e onde utilizamos uma titulação, que é um processo mais rigoroso, lá só analisámos a espuma que daria para determinar se a água era mais dura ou macia. Para além disso também já conhecia os procedimentos a ter no laboratório e os materiais a utilizar”, concluiu. É por entre compostos químicos, pipetas e tubo de ensaio que estes futuros químicos juntam todos estes “compostos” e encontram a solução final de uma semana na UBI.


A UBI acolheu vários alunos através do programa Ciência Viva
A UBI acolheu vários alunos através do programa Ciência Viva


Data de publicação: 2007-08-07 00:00:00
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