Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 380 de 2007-05-15 |
De entre os oradores do primeiro colóquio, Maria Augusta Babo, da Universidade Nova de Lisboa, apresentou uma passagem por diversos autores. À ideia de transporte inerente ao conceito de metáfora, a docente acrescentou o conceito de analogia em Aristóteles, concretizando na passagem, no “deslocamento” “do semelhante para o semelhante”. Da Grécia para Foucault, para Jakobson e para Derrida, a investigadora constata que a metáfora deverá ser procurada no âmbito do símbolo, e não no domínio do texto.
José Bogalheiro citou Gregório Magno, para o qual a escrita está para o leitor como a imagem está para o analfabeto. O analfabeto apenas se poderá socorrer da imagem para compreender o mundo, enquanto o texto se torna cada vez mais distante porque o desconhece. A questão que se impõe é, para o investigador, a do entendimento da imagem.
Já António Bento retomou George Orwell com o “aviltamento da linguagem” do politicamente correcto, quando a política a usa para apropriar a sociedade. Aquilo que é concreto é camuflado por “palavras vagas e imprecisas” que escondem a veracidade dos factos. O docente acredita que o uso de uma linguagem politicamente correcta só tem tornado as relações mais impessoais, retirando-lhes frontalidade e, por vezes, desprovendo de qualquer sentido lógico as mais elementares conversas do quotidiano.
A finalizar o primeiro colóquio do Seminário, Eduardo Camilo, também docente na UBI, reflectiu sobre uma possível categorização da metáfora. Na sua área de trabalho, a publicidade, destacou as metáforas no produto, do consumo, dos media e da própria publicidade.
O colóquio de encerramento contou com Mário Avelar, da Universidade Aberta, que reflectiu sobre um tema recorrente nos Estados Unidos, e à luz do qual se desenvolvem diversos estudos centrados em Hudson River, um espaço de fronteira centrado em Nova Iorque. Ana Paula Avelar, da Universidade Aberta, falou de poemas épicos relativos a aspectos históricos, em que se dá um esclarecimento ou um simbolismo em resposta às metáforas da palavra na modernidade discursiva. A última oradora foi Hanna Batoreo, da Universidade Aberta, que se centrou na forma como a metáfora surge na linguagem do quotidiano, uma metaforização a que não podemos fugir.
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