Voltar à Página da edicao n. 375 de 2007-04-10
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O Covilhã complicou as suas contas com uma derrota em casa

Acabou o sonho

O Covilhã desfez o sonho de ainda ganhar o campeonato, este ano, após uma derrota em casa com o Avanca. E isto num dia em que Fátima e Nelas cederam pontos. Péssima segunda parte ditou o desfecho final da partida.

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Era preciso os três adversários da frente perderem pontos e o Covilhã ganhar para ainda acalentar o sonho da conquista do título. Dois deles tropeçaram (Nelas e Fátima), ao registarem empates inesperados. Só que o Covilhã deu um trambolhão ao perder em casa frente ao Avanca, por 2-1, no passado domingo 1 de Abril.
Antes fosse mesmo mentira…O Sporting apresentou-se neste jogo com algumas ausências motivadas pelas lesões de alguns jogadores (Rui Morais, Banjai, Piguita e Gomes), apresentando mesmo no banco apenas cinco suplentes. E o panorama piorou logo aos 20 minutos, quando o central João Real teve que ser substituído após lesão, tendo entrado para o seu lugar Sufrim, uma estreia esta época do jogador emprestado pela Naval, irmão de Luizinho e Romício, que assim jogaram juntos na mesma equipa pela primeira vez. Duarte, que não tem sido opção, era o homem que jogava à frente da defesa, ajudado por Dani, que assim teve que recuar para central. No entanto, por essa altura, o Covilhã, que tinha entrado bem no jogo, já tinha disposto de cinco cantos consecutivos, que não levaram perigo, e até já tinha criado dois lances de golo. Um aos 18 minutos, após jogada de João Cardoso e Cordeiro, com este a cruzar para Luizinho ver o guardião Hugo Oliveira tirar-lhe da cabeça a hipótese de inaugurar o marcador. E logo a seguir, aos 19 minuros, Bruno Nogueira a escapar-se pela esquerda e a assistir o mesmo Luizinho, que na pequena área se deixa antecipar quando ia dar o toque final para a baliza. Depois, aos 25 minutos, o pequeno Bruno Nogueira tenta um chapéu ao guarda-redes do Avanca, que faz uma excelente defesa. E aos 28 a bola entra mesmo na baliza, após grande jogada entre Paulo Campos e Bruno Nogueira, com Sufrim a empurrar a bola para as redes, mas em clara posição de fora-de-jogo.
Aos 40 minutos, o que toda a gente esperava: o golo dos serranos. Bruno Nogueira, lançado em profundidade, ganha o lance a Resende, isola-se e à saída de Hugo Oliveira atira a contar, num lance muito contestado pelos visitantes, que reclamavam uma possível falta do avançado serrano. Protestos que valeram um cartão vermelho ao suplente Hugo Santos. Aos 44 minutos, o Covilhã não teve sorte, pois poderia ter sentenciado a partida num estrondoso remate de Paulo Campos que bateu no poste direito da baliza do Avanca. No segundo tempo, uma estranha apatia apoderou-se dos “Leões da Serra”. O Avanca, que luta para não descer, entrou melhor na partida e igualou logo aos 46 minutos. Nelson escapa-se pela esquerda, Sufrim não consegue acompanhar (revelou falta de ritmo, após quase dois anos de lesões consecutivas), cruzamento para a área onde Ladeira só tem que encostar para as redes. Aos 60 minutos, Artur Moreira remata para uma defesa difícil, com os pés, por parte de Igor e depois, assiste-se a meia hora de futebol sem grandes motivos de interesse. O Avanca dava-se por satisfeito com o pontinho, apenas tentando o contra-ataque. O Covilhã tentava chegar à baliza adversária, mas não o conseguia. Falhava inúmeros passes num futebol lento e sempre previsível. Vítor Cunha arrisca, faz entrar Pesquina, tirando Duarte e passa a jogar com apenas três defesas. Logo a seguir, o mesmo Pesquina, aos 70 minutos, por muito pouco não consegue desviar para a baliza um bom cruzamento de Paulo Campos, o mais inconformado dos serranos. Dez minutos mais tarde, outra vez Campos a escapar pela direita e a cruzar para Pesquina, com ângulo reduzido, cabecear ao lado, quando Hugo Oliveira já estava fora do lance. Por esta altura, já poucos adeptos acreditavam na vitória. Mas com certeza não esperariam o golpe de teatro dado aos 90 minutos pelo Avanca. Contra-ataque rápido, bola para a zona central da defesa serrana onde José Bastos se escapa aos adversários para à saída de Igor apontar o tento da vitória dos visitantes. Uma derrota que deixa os serranos a 10 pontos do líder Fátima e praticamente sem hipótese de discutir o título. Mas caso tivesse vencido, o Covilhã teria igualado o Nelas, no terceiro lugar, e estaria a sete pontos do Fátima quando faltam ainda cinco jornadas. A realidade é, porém, outra, e para Vítor Cunha o “sonho do primeiro lugar acabou”. O técnico não percebe a má segunda parte da sua equipa, tendo avisado os atletas para o facto das “camisolas não ganharem jogos”.


O Covilhã complicou as suas contas com uma derrota em casa
O Covilhã complicou as suas contas com uma derrota em casa


Data de publicação: 2007-04-10 00:00:01
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