Voltar à Página da edicao n. 369 de 2007-02-27
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O evento teve lugar na Faculdade de Ciências da Saúde

Liderança e Gestão da Saúde

Coube ao 5º ano da licenciatura em Medicina a organização do II Symposium de Liderança e Gestão da Saúde. A iniciativa ocupou toda a tarde de sexta-feira, com a presença de diversos convidados. Melhorar a gestão em Saúde, promovendo a qualidade dos serviços, é uma área onde Portugal ainda pode e deve crescer, defendeu-se, pois “a qualidade é de graça; o que custa é a ineficiência”.

> Igor Costa

A temática está na ordem do dia. Quando tanto se fala na racionalização dos recursos médicos nacionais, a Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI) recebeu médicos e administrativos de todo o país. A iniciativa foi promovida por alunos que frequentam o 5º ano do curso de Medicina. Para Edmundo Dias, presidente da comissão organizadora do II Symposium de Liderança e Gestão da Saúde, “é muito positivo para nós, porque na nossa actividade profissional seremos confrontados com situações que nos vão exigir estes conhecimentos”. O encontro decorreu no dia 23 de Fevereiro, no Anfiteatro Verde da FCS.
“Castelo Branco, Guarda e Portalegre são os únicos distritos que não têm Unidades de Saúde Familiar” (USF’s), revelou o Presidente da Associação Portuguesa de Clínica Geral, Luís Pisco. Estas unidades vieram organizar os cuidados de saúde primários, nomeadamente os Centros de Saúde. Trata-se de pequenos grupos com alguma autonomia em campos como a gestão dos recursos financeiros, e a sua distribuição pelos profissionais. Para além destes aspectos administrativos, espera-se das USF’s uma maior proximidade relativamente aos cidadãos.
Também Miguel Castelo Branco defende uma reestruturação nos serviços de saúde. “Grande parte dos recursos na saúde são ocupados pelas doenças crónicas, que devem ser tratadas em outros lugares que não as urgências”, defende o docente da FCS. Luís Pisco concorda com Phillip Crosby: “a qualidade é de graça; o que custa é a ineficiência”. Luís Pisco explicou que uma maior eficiência consegue reduzir os gastos em cuidados desnecessários e desperdícios de recursos, o que promove a “segurança do doente, redução de erros e acréscimo na qualidade”.
Da mesa redonda programada para o decorrer da tarde esperava-se um intenso debate e informações esclarecedoras. Contudo, dos anunciados Presidentes de Administração dos hospitais da Covilhã, Castelo Branco e Guarda, só compareceu uma representante do Centro Hospitalar da Cova da Beira. Para Dulce Gomes, responder aos desafios da redução de custos e melhoria dos serviços obriga a “prestar um serviço eficaz e de qualidade, acessível a todos os cidadãos”. A contenção orçamental do hospital da Covilhã passará este ano pela negociação de preços com fornecedores, contenção dos custos com pessoal – apesar de a instituição precisar de médicos – e pela execução de serviços externos.
Foi também discutido o “Ranking dos Hospitais Públicos Portugueses” divulgado pela revista Sábado, bem como o panorama da “Liderança e Inovação na Medicina Privada. Alguns grupos de alunos apresentaram ainda Projectos de Estudo relacionados com aspectos que, diariamente, se colocam a instituições e directores clínicos, questionando “Liderança e Gestão de Saúde”.


O evento teve lugar na Faculdade de Ciências da Saúde
O evento teve lugar na Faculdade de Ciências da Saúde


Data de publicação: 2007-02-27 16:57:18
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