Bolonha traz implicações na área das engenharias

Além da adaptação, a AAUBI diz que os alunos que frequentam cursos de engenharia enfrentam o problema da acreditação por parte da ordem profissional

“O problema das engenharias não é só esta adaptação”. Esta é, pelo menos, a opinião de Rui Pedro Dias, gestor de contas da AAUBI. “Na questão das engenharias, há o problema da acreditação por parte das ordens profissionais. Portanto, nós estamos a falar neste momento de licenciaturas que para serem acreditadas pelas ordens não se ficarão apenas pelo primeiro ciclo de estudos. Será o primeiro ciclo e o segundo ciclo”.
Explica, então, que o processo de Bolonha implica que os futuros engenheiros saiam da universidade com o grau de mestre e não apenas com o grau de licenciado. “É este o imperativo na posição das ordens”, nota.
O que fará o Gabinete de apoio à transição para Bolonha? O membro da associação garante que esta estrutura, caso aceite pela reitoria da UBI, vai estar também atenta a estas adequações. “Procurará estabelecer contacto com as próprias ordens profissionais, em cada caso particular. E com elas proceder à própria reestruturação para ao mesmo tempo que cumpra os normativos legais, possa também dar vazão às exigências das ordens em termos de acreditação depois do exercício profissional dos licenciados… Quer dizer, neste caso são mais que licenciados”.
Rui Pedro Dias traça ainda um cenário actual na área das engenharias. “É que as engenharias estão sistematicamente a perder todos os anos alunos, como se pode constatar pelo preenchimento das vagas. E portanto, é objectivo também deste gabinete fazer a análise das estruturas que ainda não foram adaptadas”.Realçando que o gabinete funciona de acordo com as normas da própria universidade, o membro da associação sublinha: “Estamos certos que haverá abertura por parte da reitoria para o projecto avançar”.
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