Dez trabalhos em exposição

Uma dezena de alunos vão mostrar as suas criações artísticas. Num desfile com contornos inéditos, a ter lugar no Sanatório dos Ferroviários, estes finalistas de Design Têxtil apresentam trabalhos para todos os gostos.

Vanessa Moreira baseou o seu trabalho na temática “Butterfly Effect”. No Universo Butterfly Effect, o conceito Génesis of Consequence caracteriza-se como uma dependência sensível das condições iniciais em que toda a consequência tem uma origem, tornando-os interdependentes. A colecção desdobra-se numa sequência de estampados geométricos partindo de um rapport para uma sequência desordenada.
Joselina Ferreira criou as suas roupas a pensar no “Urban Feeling”. Esta é uma colecção que vive de inspirações humildes, mas rica em pormenores. O sentimento é urbano, contrastando materiais nobres e high-tech. A Revolução Industrial e as Ceifeiras surgem como temas principais neste jogo de silhuetas drapeadas e formas assimétricas. 
Ana Magalhães apresenta roupas concebidas segundo “A Trip to a New Look”. Uma nova visão sobre Dior e o New Look. Esta é uma história que fala de contra-estruturas. Desconstrução de peças, de ideias, de formas, de pré-conceitos. A experimentação volumétrica, de formas amplas, cintadas e estruturadas… a transposição de peças… inserem-nos neste mundo algo caótico e irreal, explorando de uma forma exuberante um sportswear chic.
Andreia Rente trabalha o tema “Dirty Pink Dolls”, num ambiente 80’s. Inspiração num conceito que bebe a essência da boneca demarcada em fuga da realidade. A Barbie, ícone de beleza do século XX, é redescoberta através das texturas e silhuetas. Contraste de materiais e cores que jogam com linhas obliquas na busca de uma simetria paralela a um sportswear urbano.
Aléxis Costa apresenta o “Santo Oficio”. Uma viagem no tempo até ao século XVI e à Inquisição Ibérica. Utilização do Punk como mote à realidade do Santo Oficio. Memórias que se transmitem através de sonhos recortados em formas que representam a absolvição ou condenação da alma. Busca constante do sentimento de tortura e prisão. Cordas que prendem o Ser Humano às lembranças do passado, num estilo urbano e contemporâneo.
Ana Brígida Filipe traz “CB-Border”. A procura da identidade cultural é a expressão que dá forma à marca ScrapSoul. O renascer de valores tradicionais e a convocação de elementos do passado transporta-nos para uma colecção casual chic. Estilização dos elementos da cultura popular portuguesa, através de linhas que trazem o grafismo antigo para uma atitude moderna e não convencional.
Sílvia Jerónimo concebe os seus trabalhos segundo “Shakespeare in Love”. O filme realizado por John Madden é o leitmotiv para esta colecção. Romântica e sensual, banhada de uma essência renascentista, plasmada na personagem Viola De Lesseps. Este é um look caracterizado por uma silhueta justa, amplos volumes e franzidos, criando um styling casual wear chic.
Ana Júlia Ramalho, avança com o conceito: “Surre-Geo”. Fusão da arte com a moda. Junção de contrastes e manipulações que procuram o encontro com o Surrealismo de Miró. Formas geométricas que se transportam para um universo leve de criança, procurando caminhos reais e simultaneamente fantasiosos para um estilo prático e divertido.
Carla Nascimento baseia-se no “Refúgio Espiritual”. Acto etéreo de refugio à realidade. Caminhos cruzados entre o brilho e a magia de ambientes circundados por velas. Jogos de manipulações que tocam materiais ricos em personalidade e glamour. Simbolismo que se arrasta na combinação de cores e contrastes para vestuário nightwear.
Por fim Tânia Barreira mostra “Omã Tales”. A inspiração veio do Médio Oriente, do Sultanato de Omã, dos trajes tradicionais femininos. Pretende-se transmitir o artesanal, rústico, visível na escolha dos tecidos e no uso de patchwork combinado com a delicadeza e o colorido exótico. No mundo actual em que tudo é tão escuro trazer um pouco de cor e fantasia.

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