A Escola Profissional de Artes da Covilhã – EPABI - voltou a apresentar o seu já conhecido Ciclo de Recitais, uma prática regular no final dos períodos lectivos. Ontem, dia 12, foi dia de avaliação para os finalistas de instrumentos de sopro, com é o caso do cantrabaixo, do clarinete e do saxofone. Esta iniciativa começou com a apresentação de música de câmara – entre 6 e 10 de Dezembro – e de instrumento – de 12 a 17 do presente mês. Os instrumentos musicais vão sendo diferentes em cada apresentação pública, fruto da grande variedade de escolha que existe no estabelecimento de ensino.
Esta apresentação pública do trabalho realizado pelos alunos e, ao mesmo tempo, a avaliação escolar destes jovens músicos, já se tornou uma imagem de marca para a cidade e uma fonte de orgulho para todos os covilhanenses, ainda mais quando os resultados são visíveis e a “exportação” dos alunos para bandas conceituadas tornou-se uma consequência, tanto a nível nacional como fora de portas.
Actualmente, a EPABI conta com 101 alunos nos seus quadros, com idades compreendidas entre os 7 e os 23 anos. A escola faz parte de um grupo restrito de centros educativos – há 5 escolas espalhadas pelo país que integram a rede nacional de escolas de música, sendo que 4 delas são na zona norte - que procuram formar músicos sem descurar a vertente pessoal dos seus alunos, uma vez que também querem fazer dos estudantes homens conscientes e responsáveis. Além disso, o facto de os alunos saírem deste estabelecimento com possibilidades de ingresso no ensino superior é mais um atractivo para quem deseja ter uma carreira na música.
À conversa com Pedro Pais, membro da direcção pedagógica, este afirmou que a existência de apenas cinco escolas do género no país se justifica, uma vez que “esta área do ensino especializado da música é muito específica” e, além disso, “não faz sentido haver uma rede de escolas nacional, pois não haveria alunos suficientes para preencher as vagas que seriam disponibilizadas ao público”.
O principal objectivo, segundo este director, é a “formação de profissionais de música com qualidade”, que possam garantir a “existência de músicos competentes, tanto a solo como em grupos”. As apresentações são avaliadas por um júri, “composto pelos professores do instrumento musical em questão” e pretende-se com este tipo de iniciativas “dar a conhecer ao público o trabalho desenvolvido na EPABI e, também, preparar os alunos para enfrentarem as plateias de uma forma mais segura”.
Para o maestro e também membro da direcção pedagógica, Carlos Salazar, todos os anos há músicos que se destacam, assegurando ainda que não tem dúvidas de que há nesta escola “elementos que se podem vir a destacar futuramente no panorama musical”. Prova desta mais valia é a exportação de alunos formados na EPABI para bandas musicais de nível nacional e, até, internacional. Em jeito de despedida, Carlos Salazar e Pedro Pais fizeram questão de salientar que a formação musical de jovens nesta área é tanto melhor quanto mais jovem é o aluno, visto que “estes têm uma maior margem de progressão que pode ser desenvolvida pelos docentes da escola”.