Depois de ter tomado posse como provedor da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, no passado dia 29 de Outubro, Carlos Casteleiro apresenta agora a sua demissão. Com o provedor saem também os elementos da direção que lhe estão próximo.
A decisão foi tomada, ao que tudo indica “por não estarem reunidas as condições” que os responsáveis julgam necessárias à viabilização da santa casa. A situação financeira daquela instituição é bastante grave, com dívidas de vários milhões à banca e fornecedores. Assim que a nova direção iniciou os seus trabalhos, no final do mês de Outubro, foi comunicado aos trabalhadores a intenção de reduzir os salários em dez pontos percentuais e abolir o pagamento de subsídio de férias e de Natal. Uma posição que veio a encontrar forte contestação no seio dos cerca de 130 funcionários. Estes sempre se mostraram contra as medidas apontadas por Casteleiro e através das entidades sindicais dizem que nunca contribuíram para a situação em que se encontra a instituição.
O provedor e a mesa administrativa, que desempenham funções há bem pouco tempo, acabaram também por “bater com a porta”. Esta saída foi transmitida aos funcionários através de um comunicado. No mesmo documento pode ler-se que a mesa administrativa “entendeu apresentar a demissão ao presidente da assembleia-geral, no passado dia 2 de Novembro”. Esta posição conduz a santa casa a uma situação pouco habitual. Este organismo é composto por dois infantários, um lar de idoso e um centro de diagnósticos de saúde. Tem nos seus quadros mais de uma centena de funcionários que prestam apoio a um número significativo de pessoas.