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Utentes da Beira Baixa descontentes com novos comboios
· quarta, 7 de dezembro de 2011 · Utilizadores da linha da Beira Baixa queixam-se da falta de espaço e conforto das automotoras que fazem a ligação entre a Covilhã e a capital |
21996 visitas Há cerca de um mês, os utentes do “Intercidades” que efetua o percurso Covilhã-Lisboa passaram a ser transportados numa automotora com cerca de 40 anos de serviço. Fatores económicos estão na origem da alteração que acabou com a circulação das composições de carruagens e máquinas na linha da Beira Baixa, recentemente eletrificada. Os utilizadores apontam queixas que se prendem com a falta de conforto dos assentos, de espaço para as bagagens e a ausência de uma carruagem-bar num percurso como este, de longa distância. Na sua maioria são os estudantes universitários que utilizam semanalmente o serviço da CP como forma de se deslocarem às respetivas localidades. André Vieira estuda Gestão na Ubi e faz regularmente o percurso Covilhã-Entroncamento. O aluno garante que “em termos de conforto não há comparação”, considerando os anteriores comboios “muito mais cómodos, espaçosos e permitiam colocar todas as bagagens” o que se torna difícil nas atuais automotoras. Para André Vieira, a ausência da carruagem-bar é um fator que não prejudica muito os utilizadores pois os “preços eram elevados e a maioria das pessoas já trazia comida de casa”. O aluno realça ainda o custo dos bilhetes que se mantém igual com a troca dos comboios por automotoras, mostrando-se indignado: “estamos a pagar um intercidades e isto não é um intercidades”. Alguns alunos queixam-se ainda da instabilidade das automotoras o que não lhes permite estudar durante a viagem como faziam anteriormente. Ana Filipa considera o "novo” comboio “horrível em termos de conforto” e garante que preferia os “verdadeiros intercidades” às atuais automotoras. No que respeita ao bar, Ana Filipa diz que não o frequentava habitualmente, mas acrescenta que a carruagem-bar tinha melhores condições e era melhor do que a máquina que existe atualmente. Para Ruben Moreira, pasteleiro de profissão, o que mais o prejudica é a ausência do bar que frequentava como forma de distração numa viagem que dura cerca quatro horas. Apesar da intenção de reduzir o tempo de viagem em cerca de 15 minutos, Ruben garante que muitas vezes acaba por ser ainda mais longa. As automotoras que vieram substituir as composições de carruagens e máquina na linha ferroviária da Beira Baixa funcionavam há já quarenta anos na zona de Lisboa e foram remodeladas para este fim. Esta alteração está relacionada com questões de velocidade mas também à poupança de cerca de 1,5 milhões de euros por ano que esta alteração veio possibilitar. |
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Comentários: O urbiretorbi é uma escola de jornalismo e eu quero colaborar nela por ser docente da FAL, daí, antecipadamente o meu apreço pela notícia construída de acordo às normas pelas Sofia Gonçalves. Todavia, porque o assunto já foi notícia, agora devia haver mais alguma coisa, investigação e opinião, por exemplo, perceber: porque foi desclassificada a linha da Beira Baixa, anteriormente estava de imediato à linha do Norte, depois de ter sido electrificada até à Covilhã; porque não se incentiva a cultura da utilização do transporte público para todas as idades e classe sociais; porque é que os autarcas se desinteressaram pelo assunto; porque é que os ecologistas não clamam, etc. etc. Estimada Sofia volta à carga com um artigo de investigação e de opinião e dar-te-ei os meus parabéns redobrados. A CP tem de merecer os seus utentos e como eu sou um deles eu dir-lhe-ei que nada tem feito por me merecer. Por: asp@ubi.pt em: quarta, 7 de dezembro de 2011
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