A mostra de jovens criativos nas áreas performativas, “1º andar”, trouxe ao Teatro das Beiras a criadora Raquel Castro, intérprete da peça “Os dias são connosco”. A exibição, que ocorreu no dia 29 de Novembro,  foi a segunda da noite, sucedendo a “No digital” ,de Raquel André e Tiago Cadete. 

A ideia que Raquel Castro recria em palco começou há cerca de um ano em casa após o nascimento da filha Mónica. A artista e o marido decidiram fazer um diário em vídeo, no qual falavam individualmente das situações que lhes tinham acontecido durante o dia, mas a certa altura desistiram por ser repetitivo. Após deixarem este projecto, Raquel decidiu começar a realizar esta ideia em cima de um palco e com dezenas de pessoas a observar.

O cenário é simples: de um lado uma máquina de filmar suportada num tripé, do outro uma tela que reflecte o discurso que a intérprete faz. A representação começa com Raquel a explicar para a câmara o que foi o seu dia té ao momento. Posteriormente, faz uma experiência em cena, trazendo as primeiras cassetes e passando alguns excertos. Numa última fase da apresentação, raquel grava um momento artístico no qual interpreta a personagem de um esquilo referente a uma outra peça.

Após finalizar, a artista sentou-se frente ao público para esclarecer dúvidas. Nesta conversa diz que o principal objetivo das gravações é serem entregues à sua filha, ajudando talvez a criar um “portal do tempo” que permita criar laços ainda mais fortes. Referiu que o melhor momento para Mónica ver os vídeos será quando tiver a idade actual da  mãe, 29 anos. 

Na Covilhã, o dia encerrou com estes dois projetos, mas Castelo Branco recebeu no dia 30, “Ni príncipes ni hostias” de Carolina Fernández e o espetáculo de dança/performance “Corpo (I)lógico” de Anaísa Lopes.