A Faculdade de Ciências da Saúde acolheu no fim-de-semana passado a sétima edição das Conferências Abertas de Optometria. Estiveram em discussão diversos temas de grande atualidade no panorama da Optometria e Ciências da Visão. O curso de Optometria entrou em funcionamento na Universidade da Beira Interior em 1988, integrado na licenciatura em Física Aplicada. Em 2006 o curso foi adaptado a Bolonha e integrado na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, tendo atualmente primeiro e segundo ciclos. Portugal tem atualmente 1038 optometristas licenciados pelas universidades do Minho e Beira Interior, as únicas onde o curso de Ciências da Visão é ministrado.
A APLO – Associação de Profissionais Licenciados de Optometria, é uma associação de direito privado constituído por profissionais cuja principal atribuição consiste na defesa da ética e qualificação profissional dos seus membros de modo a assegurar aos utentes cuidados visuais de qualidade, «pugnando assim pela defesa, dignidade e prestígio de Optometria». «O Estado Português não está a capitalizar o investimento que faz há mais de 20 anos na formação dos optometristas em universidades públicas nacionais, desperdiçando assim as capacidades do maior grupo profissional na área da prestação de cuidados de saúde visual», afirmou Eduardo Teixeira, presidente da direcção da APLO.
Eduardo Teixeira defendeu ainda que «a formação, os conhecimentos e as competências dos optometristas licenciados permitem a integração em equipas multidisciplinares onde a conjugação de saberes e áreas de intervenção poderão contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde e bem-estar à população, sendo por isso necessário a sua inserção no Serviço Nacional de Saúde. Deve haver um aproveitamento dos investimentos na sua plenitude. Isto significa o uso dos avanços científicos e tecnológicos disponíveis, bem como os recursos humanos formados pois, caso contrário, estaremos a desperdiçar recursos e a não contribuir para a saúde e bem-estar da população», defendeu.