Pesquisar, questionar, articular, publicar: tudo isso é imprescindível na construção de um trabalho académico, seja ele produzido por um aluno ou por um docente. A investigação sempre foi importante na academia e cada dia que passa tem ganho novos pesquisadores. Foi nessa linha que estudos teóricos foram reunidos e discutidos por investigadores, alunos de pós-graduação e professores, durante o dia 23 de novembro de 2011. Durante dez minutos, cada investigador apresentou o seu tema de trabalho. No final do dia houve ainda um painel em que os três grupos de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UBI, Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão e Economia (CEFAGE/UBI), Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD/UBI) e o Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais (NECE) se juntaram para debater as questões levantadas durante a primeira parte.
O presidente da FCSH, Pedro Guedes de Carvalho, define esta iniciativa como "um local de encontro entre pessoas que andam a investigar. Mostramos tudo que fazemos em termos de investigação e apresentamos as nossas dificuldades no sentido de conseguirmos arranjar maneira de superar isso e melhorar a investigação". De acordo com Guedes de Carvalho, nos últimos três anos a faculdade fez um progresso considerável e "quase quadruplicou a produção científica dos últimos dez anos". O presidente da FCSH considera que isto se deve à política usada pela UBI de maneira estratégica no sentido de dar todo o apoio e incentivo aos professores para investigarem, bem como a necessidade gerada pela carreira profissional que exige investigação.
Da mesma forma, Pedro Guedes de Carvalho julga importante a participação dos alunos nos projetos. Ele afirma que tal permite a sua internacionalização também no conhecimento pois "começam a conhecer o que é publicado em todo o mundo e podem melhorar as suas próprias publicações, porque são integrados desde muito cedo nos projetos e assim, ganham o gosto e a curiosidade por investigar".
Mesmo quem ainda não pesquisa acha que é importante organizar fóruns como este. Vânia Silva é aluna do terceiro ano de sociologia e diz que ainda não tem muito interesse na área de investigação, mas é uma coisa a pensar: "eu ainda não tenho muita certeza no que realmente quero fazer, mas penso que seja uma área bastante interessante, principalmente no meu curso", afirma. O que andam a investigar, para que andam a investigar e porque andam a investigar, são questões que o professor do Departamento de Ciências do Desporto, António Vicente, julga importante de serem pensadas em dias como este. "É importante termos uma perspectiva um pouco mais funcional, pensarmos, afinal para que serve a investigação". Segundo ele é necessário perceber que estão numa universidade e têm a obrigação de investigar. "Hoje o contexto já mudou, o mundo mudou, temos que ter alternativas diferentes, lógicas diferentes do que fazer para dar respostas precisamente a este novo contexto em que vivemos", completa. Cerca de duas dezenas de pessoas, entre alunos e professores, estiveram juntos debatendo variadas questões acerca da investigação no âmbito nacional com o objetivo de aproveitar melhor o investimento do Estado português na investigação.