No passado dia 24, o evento “Troca de Palavras” promoveu o tema “O Confronto com a Morte”, discutido pelos professores José Rosa e Maria Luísa Branco. Os docentes da UBI foram convidados para apresentarem ideias e interagirem com a audiência sobre a questão da morte.
A morte pode ser um bem? Foi esta a questão colocada por Maria Luísa Branco, especialista em Ciências da Educação. “Tomar consciência da morte é também celebrar a vida”, defende a professora do departamento de Psicologia da UBI.
José Rosa, docente de Filosofia, contou a história “A Caminho de ‘Samarcanda’” que identifica a morte como “o taxista que vai cobrar a taxa”. O professor do departamento de Comunicação e Artes diz que “a filosofia não existe, existem sim filosofias defensoras de mortalidade e imortalidade”. Sem uma resposta para este tema, apenas argumenta que “a filosofia tem que originar questões, não respostas”.
A ideia de imortalidade é defendida por José Rosa que argumenta que “ou desaparecemos do nada ou estamos a tentar ser imortais”. De forma simples, explica que a imortalidade existe ao deixarmos algo único depois da morte. Já Maria Luísa Branco, vê a “morte como um bem” e acrescenta que “a vida é um percurso único. Sei que a morte existe, mas não quero pensar nisso”, termina a docente.
O espaço promoveu também a interacção com o público e no final da sessão, Lurdes Marques, reformada, dizia ter gostado, mas que “não era aquilo que estava à espera”. Já David Santos, antigo aluno de José Rosa, gostou e quando questionado sobre esta temática, disse ser um assunto muito “subjectivo” e que a ideia da morte é sempre “muito própria”.
“Troca de Palavras” é uma tertúlia organizada pela Biblioteca Municipal da Covilhã e que todos os meses apresenta um novo tema para ser discutido entre convidados e público covilhanense.