Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
A gralha falava e o menino sonhava
· quarta, 16 de novembro de 2011 · A Lenda do Menino da Gralha foi mais uma peça que o Festival de Teatro da Covilhã apresentou, uma história encantadora que envolveu as crianças da escola EB1 dos Montes Hermínios. |
A maresia enfatizando a beleza da ilha do Pessegueiro |
21968 visitas No dia 9 de Novembro, o auditório do Teatro das Beiras encheu-se de crianças para assistirem à história do menino que sonhava ter asas e voar da ilha do Pessegueiro. As crianças eram tantas que algumas tiveram o seu lugar só no chão. O texto e encenação são da autoria de Julieta Santos da companhia do Teatro Itinerante que pretendeu com esta peça retratar lendas, mitos e fantasias da freguesia do Pessegueiro da ilha de Porto Covo. A peça conta a história de um capitão que tinha um menino. O capitão tinha a seu cargo a defesa do reino e o treino dos soldados, por sua vez o menino não gostava de aprender a trabalhar com armas como o pai queria, mas adorava brincar nas rochas e com os animais na praia. Certo dia, enquanto apreciava o mar sereno, conheceu um corvo de seu nome gralha. A gralha falava com ele e fazia-o sentir bem, feliz. O menino com a gralha por perto sonhava e não pensava na guerra que o atormentava. Numa noite a gralha, juntamente com os pássaros da sua espécie, levantaram o menino por uma corda e levaram-no a voar da ilha. A interpretação é de Sandra Santos que representa a maresia, Luís João Mosteias a gralha, Carlos Campos o menino e Sérgio Vieira o capitão. A única atriz humana na peça é a Maresia, os outros atores são auxiliados por marionetas de madeira que os representam. O cenário é simples e acolhedor. Uma ilha pequena com um castelo em papel e um mar feito de algodão. A maresia dá um toque de beleza à peça, o seu vestido branco reluz para o azul do mar da ilha transferindo um certo encantamento para a personagem, as marionetas são roliças e ternurentas, e captam perfeitamente a atenção das crianças. Luís Mosteias, a gralha, aponta para a importância do teatro na vida das crianças afirmando que este simples ato “ as ajuda a interpretar, a ouvir, a escutar, a perceber peças e situações do dia-a-dia”. No final da peça, os autores perguntaram às crianças quais tinham sido as sua personagens preferidas. As vencedoras foram o menino e a gralha. Os sorrisos estampados nos rostos de todas as crianças deixavam transparecer satisfação. Umas meninas diziam que queriam ter asas e voar igual ao menino, já os meninos gostavam de ser fortes quanto o capitão e aventureiros como a gralha. |
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