A serenata académica da Universidade da Beira Interior assinalou o início das comemorações da semana da receção ao caloiro. O espetáculo realizou-se no dia 6 de novembro na capela do Calvário e pela primeira vez ouviram-se apenas as vozes de um grupo de fados da UBI, composto, entre outros, por alguns elementos da tuna académica Já b´Ubi & Tokuskopus.
O frio da serra que se fez sentir não afastou os estudantes que, trajados a rigor, constituíram um ambiente académico próprio da serenata. De capa traçada, como manda a tradição, alguns escutavam atentamente os temas relacionados com a vida académica interpretados pelo grupo, enquanto outros, num ambiente de convívio, festejavam o início da receção ao caloiro.
Este é um momento especialmente marcante para aqueles que, como novos alunos da UBI, assistem pela primeira vez a uma serenata académica. A primeira serenata é um momento “importante para o convívio e para conhecer alunos dos outros cursos” considera Inês Rodrigues, aluna do primeiro ano de Psicologia. A opinião não é partilhada pelos alunos mais velhos: Afonso Fernandes, aluno do quarto ano de arquitetura considera que “a música e o respeito prevalecem sobre o convívio” na tradicional noite da serenata académica. “A serenata é algo único para aqueles que cumpriram a praxe”, explica.
Continuar com uma tradição apesar de todas as dificuldades” é o que pretende a AAUBI, garante Lénia Pereira, presidente da Associação Académica. É uma noite que assinala o “início de uma grande semana” e que dá as boas-vindas aos novos alunos da Academia, afirma. A “serenata é um momento que todos os estudantes saem a rua para a ver”, frisou a presidente da AAUBI.
Este ritual universitário terminou, como é habitual, com o grito académico da UBI lançado pelo chefe máximo da praxe. Os festejos prosseguiram no mesmo local com a atuação de um DJ e prolongaram-se noite dentro.