Foi pela voz do antigo ministro da Economia, Indústria, Comércio e Turismo, Augusto Mateus, que a academia ficou a conhecer as linhas gerais do documento diagnóstico do Plano Estratégico da UBI. Um momento que dá início à alargada discussão sobre as propostas e as áreas a verter no documento final.
Trata-se de um plano orientador para ser colocado em prática nos próximos anos. Augusto Mateus dirige a equipa de consultores especializados que vão dar apoio à conceção do documento. Um mapa das estratégias que a UBI deve seguir e também as áreas fundamentais em que a academia vai apostar. Este plano assume-se como um conjunto bastante vasto de temas e também de medidas que apontam os objetivos a serem alcançados pela academia no ano 2020. Esta primeira fase resulta de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido “há quase um ano”, como explica João Queiroz, reitor da instituição. O responsável máximo pela academia acrescenta que tem vindo “a decorrer um alargado diálogo entre esta empresa e a universidade com várias consultas e diversas análises e é algo que nós fomos acompanhando. Estas primeiras impressões deram uma ideia semelhante da que tínhamos da universidade, da capacidade de captação de alunos, da maior ou menor capacidade de captação de verbas”.
Queiroz mostra-se empenhado em trazer para o seio de toda a academia, a discussão do conteúdo e da forma do documento orientador da UBI. Daí que a apresentação que decorreu no Anfiteatro das Sessões Solenes tenham marcado o início de “um vasto trabalho que irá conter a reunião de vários pensamentos e de várias pessoas que vamos querer que contribuam para a estratégia da universidade para os próximos dez anos”. Os conteúdos desta análise feita pela equipa de Augusto Mateus estão já disponíveis para consulta. Para os responsáveis a publicitação destas informações vai servir de base para a recolha de opiniões, de ideias e de contributos vindos de todos. João Queiroz adianta que nas próximas semanas decorre um conjunto de workshops temáticos, através dos quais se espera que a própria comunidade vá construindo o seu plano estratégico e as linhas de ação que constarão no mesmo, bem como reuniões dos mais diversos órgãos da UBI. “Trata-se de um instrumento essencial para o futuro da academia, no qual se pretende envolver a comunidade científica e académica, mas também a sociedade e as instituições regionais”, realça o reitor.
Para além dos membros da academia, alunos, docentes e funcionários, a reitoria vai ouvir responsáveis autárquicos, associações empresariais e culturais e muitas outras entidades da região. Um ponto de importância acrescida uma vez que uma das áreas assinaladas pelo documento diagnóstico refere a importância da relação da instituição com a comunidade envolvente. Augusto Mateus diz que, segundo aquilo que já foi apurado, “a área de ação da Beira Interior é a que mais destaque ganha com a maior parte dos alunos a virem da Covilhã, Castelo Branco, Fundão e Guarda. Para o antigo ministro, “as universidades, no futuro, serão menos estáticas e têm de refazer a sua oferta para que esta seja compreendida num sistema de aprendizagem ao longo da vida. Este plano não se faz a partir do presente, mas sim onde temos de chegar no futuro. Palavras-chave têm de ser ensino, investigação e prestações de serviço. Promover novas dinâmicas na academia para que a oferta se centre nas ciências da vida, nas ciências exatas ou natureza e nas ciências da sociedade”.
Três áreas de atuação que “podem e devem ter formação cruzada”. As Artes, Engenharias e Saúde são as áreas de maior desempenho na academia.
Aprofundar a investigação, conferir uma maior articulação com a região de proximidade, responder às necessidades de educação, reforçar o âmbito nacional e internacional. São as bases de trabalho para os próximos tempos. O reitor da UBI espera que todo o plano esteja pronto no início de 2012 e sirva essencialmente para “projetar hoje o que queremos ser no futuro”, diz Queiroz.