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Tempo e tecnologia
· quarta, 2 de novembro de 2011 · @@y8Xxv Especialistas nacionais e internacionais analisaram as formas como o tempo e as tecnologias estão a influenciar os estilos de vida e a relações familiares. |
Mesa do semnário |
21985 visitas A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas recebeu, no passado dia 28 de Outubro, o seminário internacional “Tempo e Tecnologia: uma abordagem de género”. O evento, que decorreu durante todo o dia, teve como objectivo a análise e o debate sobre os diferentes usos do tempo e das tecnologias por parte dos homens e das mulheres, tendo em conta os diferentes estilos de vida, e todos os componentes relativos às relações familiares. O resultado pretendido era chegar a uma reflexão que promovesse uma maior igualdade entre os dois géneros. A conferência de abertura do seminário foi sobre a temática “O masculino e o feminino no tempo e na tecnologia: uma exploração”: Johanna Schouten apresentou os resultados de uma investigação onde se confirmam as dificuldade que homens e mulheres têm para organizar e conciliar as responsabilidades e tarefas dentro e fora do âmbito doméstico. Os dados confirmam ainda que existem assimetrias entre homens e mulheres no que toca à “falta de tempo”. A oradora apresentou algumas entrevistas de casais entre os 30 e os 45 anos que revelam que as mulheres sentem mais a “falta de tempo” que os homens. “Não é só uma questão de cansaço, de ter muitas tarefas, mas também elas (as mulheres) estão sempre mentalmente ocupadas com a organização do tempo.” salientou Johanna Schouten. Já no caso do homens, o pensamento reinante é “o que não se fez hoje pode-se fazer amanhã”. Neste contexto, a tecnologia acaba por ter um papel positivo, pois criauma conexão entre dois espaços distintos: o espaço familiar e o espaço profissional. O seminário contou ainda com as intervenções das oradoras Teresa del Valle com a conferência sobre “Cultural challenges relating to time seeing as tangible and untangible good”; Heloísa Perista com “O trabalho não pago em Portugal: uma abordagem com base nos usos do tempo de mulheres e homens”; Soledad Las Heras com “Representações do tempo e do trabalho doméstico no casal”; Emília Araújo com “ O ciclo da roupa no espaço-tempo doméstico: importância do género; Mónica Truniger com “ Tecnologias domésticas, tempo e práticas de cozinha: o caso da Bimby”;Vírginia Ferreira com “ A construção discursiva das politicas de género” e Amélia Augusto com “ A gendrificação das TIC no espaço doméstico: actores, tempos e usos”. |
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