As festividades em torno do 141º aniversário da elevação da Covilhã a cidade foram assinaladas da melhor maneira com a inauguração do novo Museu de Arte Sacra na passada quinta-feira, dia 20. Os anfitriões deste evento - o presidente da Câmara Municipal local, Carlos Pinto e, também, de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda – inauguraram este novo espaço cultural ao final da manhã, visitando todas as divisões da casa.
O local escolhido para receber este espaço museológico foi construído por Raul Lino, um arquitecto reconhecido por ter dado vida ao Cine Teatro Tivoli, em Lisboa, corria o ano de 1924. A área é composta por uma sala de exposições temporárias, um jardim interior, uma loja de venda ao público, e ainda uma pequena capela, espaços onde estarão expostas as 600 peças recolhidas junto dos párocos do concelho.
Foi neste local, a capela, que se concentraram as atenções tanto de ilustres da região como de populares que, depois de benzido pelo sacerdote presente, todos estavam convidados a visitar e, no final, ouvir as palavras de Carlos Pinto e D. Manuel Felício. O primeiro qualificou a ideia de criar o Museu de Arte Sacra como “abençoada”, depois de um “esfoço de muitos meses para dar vida a este local”, uma vez que este podia ter sido criado “numa qualquer cidade do mundo”.
O líder da Câmara Municipal afirmou ainda que o museu irá ser equipado com aparelhos de guia sonoros que “descreverão em várias línguas o que cada sala representa e quais os objectos que a compõem”. Em jeito de despedida, Carlos Pinto deixou um agradecimento a todos e afirmou que só com muita “determinação” é que se conseguiu a edificação deste monumento.
Seguiu-se o D. Manuel Felício, que salientou a importância da Câmara Municipal, ao contribuir “para a construção deste projecto” e lançou a ideia de que é “importante o aproveitamento dos produtos naturais que a região oferece, com vista a atingir uma maior sustentabilidade futura”. Ainda mais quando há em toda a Cova da Beira cerca de “160 000 postos de trabalho para criar, sendo que esta pode ser uma forma de destacar a região no mapa nacional”.
O Bispo recomendou a utilização do novo Museu de Arte Sacra como sede de exposições temporárias, com peças que não venham a ser usadas na sua paróquia como um complemento das exposições permanentes. A finalizar, D. Manuel salientou a “Função pedagógica dos museus, pois não são apenas repositórios”, podendo servir como meio de divulgação para a comunidade. Este estabelecimento público estará aberto para receber visitas de terça-feira a domingo.