A associação CooLabora e a Universidade da Beira Interior (UBI) relançaram na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), na passada terça-feira, dia 11, a segunda edição do UBICool - projecto de voluntariado universitário que pretende «promover uma cultura de paz e não-violência em contextos educativos».
Anunciado o corte de 8,5 por cento nas dotações do Orçamento de Estado para o ensino superior, a UBI conta, para o ano lectivo de 2011/2012, com 23 milhões de euros em dinheiros públicos. Este montante preocupa Pedro Guedes, presidente da FCSH, porque a UBI, refere, tem um gasto anual de 28 milhões de euros. Ciente das dificuldades financeiras Pedro Guedes de Carvalho sublinha «a importância do papel das pessoas na acção social».
Rosa Carreira, Directora da CooLabora, exaltou os principais feitos do projecto de voluntariado no ano lectivo de 2010/2011. A CooLabora desenvolveu no ano transacto acções nas escolas da cidade da Covilhã e também no Agrupamento do Tortosendo, através da “dinamização de jogos pedagógicos nos recreios escolares”. A produção destas actividades tinha como objectivo “prevenir problemas como o bullying ou a violência no namoro”. A directora da CooLabora acrescenta que para além “do carácter solidário, o voluntariado permite aos jovens universitários adquirirem competências importantes para o mundo laboral, e o diploma que lhes é entregue pela associação é uma mais-valia para o curriculum”.
Os interessados em participar no projecto de voluntariado ficaram ainda a saber que terão a oportunidade de frequentar uma acção de formação em teatro-forum, organizada com o apoio da Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA). Sérgio Novo, presidente da ASTA, apresentou o teatro do oprimido como “um teatro em que o público vai para o palco e através do diálogo torna alguns problemas resolúveis, visando a promoção de uma mudança social”.
No final da conferência, as alunas Sofia e Sara, participantes no ano anterior no projecto CooLabora dizem ter vivido “uma experiência enriquecedora, na qual sentiram um sentimento de utilidade em favor de uma causa nobre. Trabalha-se para um futuro melhor, e no final há a sensação de missão cumprida”.