A sede da Associação de Teatro e Outras Artes, localiza-se agora na rua 6 de setembro nº5/15, na zona das Portas do Sol. De acordo com Rui Pires, responsável da ASTA, o novo espaço surge “da necessidade de estar mais centralizada e mais perto do Teatro Cine, local onde se realiza a grande maioria dos espectáculos, estando assim igualmente mais próxima da comunidade covilhanense”, o que lhe permite igualmente maior visibilidade.

Apesar da nova sede, a associação está a passar “graves dificuldades financeiras”. Com a extinção  do Ministério da Cultura, este é o primeiro ano em que não recebe apoios por parte da Direcção Geral das Artes, o que implica um “esforço triplicado” no desenvolvimento das actividades. O presidente da ASTA, Sérgio Novo, adianta que o novo espaço representa “um revitalizar dos nossos programas e actividades” e garante que apesar das dificuldades “não vamos baixar os braços”.

Ao nível do reconhecimento como instituição de utilidade pública, que requer um parecer positivo da autarquia, a ASTA continua sem resposta. A Secretaria de Estado da Cultura, que veio substituir o Ministério da Cultura, “por estar a dar os primeiros passos, mantém o processo estagnado”.

Segundo o Presidente, Sérgio Novo, a companhia sobrevive além da venda de bilhetes para espetáculos, através de formações em várias áreas artísticas como exposições e instalações; e também com a ajuda do “cartão de amigo”, um compromisso de um montante anual de 25 euros, que possibilita assistir gratuitamente a todos os espectáculos realizados pela associação.

Sérgio Novo, lança uma crítica ao público universitário, constatando que “a adesão aos espetáculos está a regredir”, aponta para o facto de, no geral, estarem “alheios às actividades extracurriculares, a não ser o sair à noite”.

O Vereador da Cultura, Paulo Rosa, afirma que têm apostado na requalificação do centro histórico da cidade, um processo evolutivo que exige algum tempo. É nesse sentido que a ASTA contribui, em conjunto com “a recuperação feita pela Câmara às casas degradadas e com a criação de novos espaços na zona histórica”, com incentivos que “têm vindo a trazer mais pessoas para a zona histórica da cidade”. O Vereador garante que a ASTA é uma mais valia por tornar a rua mais movimentada, explicando que “o nosso contributo passa também pela criação de situações que contribuam para que haja o ressurgimento de uma nova vida no centro histórico”.

A ASTA procura desenvolver a sua actividade nas diversas práticas artísticas (como o teatro e  a dança contemporânea) criando formas inovadoras de actuação. Ao longo dos anos, tem concretizado projectos bem sucedidos de relevância a nível regional, bem como no panorama internacional (Argentina, Brasil, Turquia, Marrocos, Espanha, França, Alemanha), sendo de todo o distrito uma das companhias de teatro que mais espectáculos apresenta no estrangeiro.