São cada vez mais as preocupações em torno do possível encerramento da estação de correios em Tortosendo. A maior freguesia do concelho da Covilhã, com mais de sete mil habitantes e com uma das maiores zonas industriais da região pode ficar sem posto dos CTT.
A administração dos correios tem vindo a encerrar estações um pouco por todo o País. Nesse sentido, a Junta de Freguesia de Tortosendo foi informada, há cerca de meio ano, da possibilidade do posto dos correios, localizado em pleno coração da “vila operária”, encerrar portas. “De imediato foi tomada uma medida para contrapor esta posição”, adiantam membros do executivo autárquico. Segundo o que o Urbi apurou, a junta local já mostrou o seu desagrado pela decisão dos CTT. Os correios acabaram então por propor uma solução diferente que passa pela junta de freguesia “assegurar todos os serviços que até agora funcionam”.
Mário Raposo, um dos elementos responsáveis pela junta tortosendense, lembra que “a junta não pode deixar a freguesia sem serviço de correios, há muitas empresas, um largo espectro de habitantes e também uma significativa parte de população mais idosa que tem nos correios o seu serviço de reformas”. Daí que aquele órgão autárquico tenha já garantido a continuidade do serviço. Mas para que tal aconteça, “a junta solicitou algumas contrapartidas que estão agora a ser estudadas pela administração dos CTT”. A proposta dos responsáveis pela autarquia passa pela cedência do imóvel onde actualmente funcionam os correios. “Esta cedência é total, não só a parte do rés-do-chão onde atualmente funciona a estação de correios, mas também a parte superior”.
Neste momento aguarda-se a resposta por parte da administração dos CTT. Enquanto isso, a União de Reformados do Tortosendo prepara-se para realizar uma manifestação contra a medida tomada pelos correios. Um acto de demonstração que terá lugar durante a manhã do dia 6 de Outubro e que tem como objectivo “mostrar o descontentamento dos moradores por esta medida”.
Os responsáveis autárquicos, que debatem todo o processo dos correios na reunião da junta, do próximo dia 7 de Outubro, esperam um desfecho positivo para esta situação. Para o executivo, o futuro passa pela requalificação do edifício dos CTT, utilização do mesmo também pela junta, através de um contrato de comodato que contemple a passagem do edifício para bem público, para a própria junta. “Esta era uma solução interessante para ambas as partes, os correios mantinham o seu serviço em Tortosendo, realizado por uma entidade que dá todas as garantias de bom funcionamento do mesmo, e a junta resolvia também algumas condicionantes de espaço que atualmente encontra na sua sede”, acrescenta Mário Raposo.